Uma nova rodada de tarifas entra em vigor com alíquotas baseadas na reciprocidade, afetando economias de diversos países importantes ao redor do mundo, como China, Japão e União Europeia. A medida passa a valer a partir da 1h01 (horário de Brasília) desta quarta-feira (9), atingindo 57 países, incluindo antigos aliados e rivais, como países mencionados acima.

O anúncio do “tarifaço” foi feito pelo presidente Norte-Americano, Donald Trump, como uma maneira de atrair investimentos privados para o país e estimular a geração de empregos. A primeira semana de taxação já iniciou com a cobrança de 10% sobre a importação de diversos itens para os EUA, incluindo o Brasil. Agora, a nova rodada aumenta ainda mais as taxas, chegando a 20% para a União Europeia e 24% para o Japão.

A situação mais extrema é a da China, que enfrentará tarifas de 104%, decorrentes de sobretaxas já aplicadas anteriormente pelo presidente Trump. Para países como Vietnã, que se beneficiaram da mudança das cadeias de suprimentos dos EUA para longe da China, a tarifa será de 46%. Já o Canadá e o México, isentos das últimas taxas, ainda estão sujeitos a uma tarifa de 25% relacionada à crise do fentanil nos EUA.

Para definir as tarifas, Washington utilizou um cálculo simples: o déficit comercial do país dividido por suas exportações para os Estados Unidos, e depois dividido pela metade. Com base nesse cálculo, a lista de países afetados foi elaborada, sendo cada um com uma porcentagem específica de taxação.

As reações não se limitam apenas à aplicação das tarifas. Washington afirma que cerca de 70 países já buscaram negociações para reduzir o impacto das políticas tarifárias de Trump. Enquanto isso, a União Europeia contra-ataca com propostas de contramedidas e negociações para minimizar o impacto das tarifas estadunidenses sobre o aço e o alumínio. A China, por sua vez, responde com tarifas equivalentes a 34% sobre as importações dos EUA e restrições às exportações de terras raras.

A escalada da guerra comercial entre potências mundiais, como EUA, China e União Europeia, tem gerado tensão e incerteza nos mercados globais. A imposição de tarifas recíprocas pelo presidente Trump pode ter um impacto significativo sobre o comércio internacional e as relações diplomáticas entre os países envolvidos. A atenção agora se volta para as próximas movimentações e possíveis acordos que possam suavizar esse cenário.