TCDF cobra ampliação do transporte escolar para alunos do DF

Após alunos perderem aulas, TCDF cobra ampliação do transporte escolar

Segundo o TCDF, rede pública não aplica todo recurso disponível para o transporte dos alunos e parte dos estudante sofre “discriminação”

Após denúncias de falhas no transporte escolar para estudantes de colégios públicos do Distrito Federal, o Tribunal de Contas do DF (TCDF) abriu investigação cobrando a ampliação do número de vagas e correções no serviço prestado.

Em fevereiro de 2024, o DE noticiou o drama de famílias de São Sebastião. Apesar do pedido de pais e mães, a rede pública não aceitou as crianças nos ônibus escolares. E além disso, coletivos foram flagrados vazios.

Segundo o TCDF, a Secretaria de Educação deve ampliar a oferta de transporte escolar aos estudantes menores de 12 anos e aos alunos com deficiência (PCDs).

De acordo pesquisa no Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo), a rede pública tem recursos disponíveis para ampliar o transporte, mas o dinheiro fica parado no caixa. Em 2023, R$ 9.818.675,17 não teriam sido aplicados.

Em um levantamento mais amplo, analisando o período entre 2015 e 2022, observou que o Programa Transporte Escolar liquidou 76,3% dos recursos disponíveis. Ou seja, 23,7% do orçamento ficou no caixa.

O TCDF também questionou o fato de alunos de escolas conveniadas não terem acesso ao transporte escolar público. Atualmente, estes estudantes não têm acesso por força da Portaria da Secretaria de Educação 192 de 2019.

Segundo o TCDF, a exclusão das crianças matriculadas nas instituições educacionais conveniadas promove a “discriminação” deste grupo de estudantes e fere os princípios constitucionais da universalização e da isonomia.

O TCDF iniciou o novo processo de fiscalização a partir de uma representação do deputado distrital Gabriel Magno (PT). O plenário acolheu o relatório da relatora conselheira Anilcéia Machado, em 27 de novembro de 2024.

Segundo Gabriel Magno, distorções impedem o tratamento isonômico dos alunos ao serviço de transporte escolar para escolas públicas.

“Há diversas localidades, em especial aquelas menos favorecidas econômica e socialmente, que restam impossibilitadas de exercerem o direito constitucional à educação”, alertou.

FROTA E REGRAS

No DF, aproximadamente 65 mil alunos são atendidos pelo transporte escolar em veículos contratados ou próprios. Em 2024, a rede contou com 870 ônibus disponíveis, sendo 703 regulares e 167 da frota própria.

Veja os principais critérios para acesso ao transporte público escolar no DF:

Estudante na faixa etária de 04 a 17 anos preferencialmente e, estudantes matriculados na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA);

Estudante que resida a mais de 02 (dois) quilômetros de distância da unidade escolar, na qual estiver matriculado, dentro do limite do Distrito Federal;

Estudante que resida em localidade onde não haja transporte público coletivo, urbano ou rural;

Estudante que não seja beneficiário do Passe Livre Estudantil;

Estudante que possuir Cadastro de Pessoa Física (CPF) próprio.

Não farão jus ao transporte escolar ofertado pela Secretaria de Estado de Educação do DF os estudantes matriculados em instituições conveniadas.

OUTRO LADO

O DE entrou em contato com a Secretaria de Educação. Não houve resposta até a última atualização da reportagem. O espaço segue aberto.

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PL e Republicanos lideram novas filiações em SP. Quem perdeu espaço? Confira!

Em DE, PL e Republicanos lideram novas filiações. Veja quem perdeu

Partidos de Bolsonaro e Tarcísio, PL e Republicanos são os que mais ganharam
filiações entre as eleições de 2022 e de 2024

São Paulo – Entre as eleições de 2022 e 2024, PL e Republicanos, dois dos partidos mais à direita
no espectro político, lideraram a quantidade de novas filiações no estado de São
Paulo. Em contrapartida, partidos
mais ao centro reduziram de tamanho no mesmo período.

Partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL foi quem mais cresceu quantitativamente no intervalo entre as eleições, com 18,4 mil novos filiados, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de novembro deste ano.

O crescimento do PL também ocorreu nas urnas, com o partido elegendo 104
prefeitos em todo o estado, sendo a 2ª sigla de maior comando nas cidades paulistas.

Na sequência, aparece o Republicanos, partido do governador Tarcísio de Freitas, com 96,5 mil filiados em
2024 – 14,2 mil a mais do que há dois anos. O partido elegeu 82 prefeitos e é o
3º que mais venceu disputas de prefeituras em São Paulo.

O terceiro partido que mais ganhou filiados em dois anos é o PSD de Gilberto
Kassab, secretário de Governo da gestão Tarcísio. Com 63 mil filiados, 12,2 mil em dois anos,
proporcionalmente o PSD cresceu mais do que PL e Republicanos. Além disso, o
partido é o que mais elegeu prefeitos pelo interior e a partir de 2025 comandará 205 prefeituras.

Segundo maior partido do estado, o PT, com 370 mil filiados, teve um crescimento tímido de apenas 229 novos membros e
manterá o comando de apenas 4 prefeituras no próximo ano.

Parte do crescimento do PSD, que em 2020 conseguiu eleger 66 prefeitos, se deve
à absorção do espólio do PSDB, líder na redução de filiados no intervalo observado. Em dois anos, o partido
perdeu 16,4 mil quadros e hoje tem 273 mil membros em São Paulo, seu berço político.

A desidratação do PSDB teve início em 2022, quando o partido perdeu o comando do
estado que governou por 28 anos seguidos. Ao fim daquele ano, a sigla contava
com 238 prefeitos, muitos deles filiados no mesmo ano para endossar a reeleição
de Rodrigo Garcia ao governo. Já em 2024, em meio a uma série de disputas internas, os tucanos
elegeram apenas 21 prefeitos.

Partido com a maior quantidade de filiados no estado, o MDB, do prefeito paulistano Ricardo Nunes, foi o segundo que mais perdeu
membros. Hoje com 409 mil filiações, a sigla perdeu 13,4 mil quadros em dois
anos. Apesar disso, conseguiu eleger 67 prefeitos, 9 a mais do que em 2020.

O DE não levou em consideração o crescimento de partidos que absorveram
outros, como é o caso do Podemos, que incorporou o PSC em 2023.

Confira abaixo os desempenhos dos partidos em quantidade de filiações em São
Paulo desde 2022:

– MDB: 409 mil filiados (reduziu 3%)
– PT: 370 mil filiados (cresceu 0,06%)
– PRD: 347 mil filiados (criado em 2023, oriundo da fusão do PTB com o
Patriota)
– PSDB: 273,9 mil filiados (reduziu 5%)
– PP: 181,9 mil filiados (reduziu 0,2%)
– PL: 159 mil filiados (cresceu 13%)
– União: 138 mil filiados (cresceu 1,2%)
– PDT: 133 mil filiados (reduziu 3%)
– Podemos: 128 mil filiados (incorporou PSC em 2023)
– PSB: 115 mil filiados (cresceu 2%)
– Republicanos: 96,5 mil filiados (cresceu 17%)
– PSD: 63 mil filiados (cresceu 24%)
– PSol: 54,5 mil filiados (cresceu 23%)
– Novo: 13,9 mil filiados (cresceu 49%)

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