Tribunal de Contas do DF dá 5 dias para DE explicar permanência de Ney Ferraz
no cargo de secretário de Economia
No início de julho, Ney Ferraz foi condenado a 9 anos de prisão, por corrupção e
lavagem de dinheiro.
1 de 1 Ney Ferraz, secretário de Economia do DF. — Foto: SEEC/reprodução
Ney Ferraz, secretário de Economia do DF. — Foto: SEEC/reprodução
O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) deu um prazo de cinco dias para
o DE explicar por que mantém Ney Ferraz no cargo de Secretário de Economia.
O início de julho, Ney Ferraz foi condenado a 9 anos e 9 meses de prisão, por
corrupção e lavagem de dinheiro.
A decisão do TCDF aconteceu após o tribunal acatar a representação do deputado
distrital Gabriel Magno (PT) que pede o afastamento de Ferraz.
Para o parlamentar, a permanência do secretário no cargo compromete a
integridade da administração pública e fere os princípios da moralidade e da
legalidade.
RELEMBRE
Ney Ferraz foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) em
segunda instância. O secretário recebeu R$ 1.605.529 em propina, de acordo com o
inquérito.
A condenação é referente a atos de Ney quando presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do DF (Iprev), entre 2019 e
2022.
Em nota enviada para a TV Globo, a defesa de Ney afirma que a decisão “acabou se
filiando exatamente a essas impressões causadas pelo exame superficial do
processo”.
NOVA CONDENAÇÃO
Veja a nova pena para os investigados da Operação Imprevidentes.
Em fevereiro deste ano, Ney Ferraz e sua ex-esposa Emanuela Ferraz foram
condenados por lavagem de dinheiro, cometido 166 vezes. À época, Ney foi absolvido da
acusação de corrupção.
Nesta decisão de fevereiro, Ney e Emanuela foram condenados a 6 anos, 5 meses
e 15 dias de prisão em regime semiaberto e pagamento de multa. O juiz também
determinou a perda do cargo público de Ney e proibiu que ele assuma outra
função pública de qualquer natureza por 12 anos e 11 meses.
Tanto a defesa dos acusados quanto o Ministério Público (MPDFT) recorreram à
2ª instância do TJDFT.
Os desembargadores confirmaram a condenação por lavagem de dinheiro e
decidiram por novas penas, por outros crimes.
Agora, Ney foi condenado a 9 anos e 9 meses de prisão. Como a pena aumentou,
agora ela começa em regime fechado.
Emanuela Ferraz, ex-mulher de Ney Ferraz, teve a condenação confirmar.
Jefferson Nepomuceno Dutra, ex-diretor de Investimentos do Iprev, e Rivaldo
Ferreira de Souza e Silva, ex-diretor da empresa Grid, também foram condenados.
O ex-diretor de Investimentos do Iprev recebeu R$ 399.227 em propina, segundo a
investigação. Em nota, a Grid informou que “não figurou como parte na ação penal
referida nas notícias, tampouco a empresa ou suas atividades foram objeto das
acusações”.
A TV Globo não localizou a defesa de Jefferson Nepomuceno Dutra e Rivaldo
Ferreira de Souza e Silva.
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