TCE-AM afasta conselheiro Ari Moutinho após denúncia de injúria contra presidente Yara Lins

TCE-AM afasta Ari Moutinho após denúncia de injúria contra a presidente da
Corte, Yara Lins

O conselheiro Ari Moutinho foi denunciado pelo crime de injúria contra a
conselheira e presidente do TCE-DE, Yara Lins, e teve a denúncia aceita pelo STJ
na última quarta-feira (4).

O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) decidiu, por maioria de votos, afastar
o conselheiro Ari Moutinho Jr. de suas funções, em processo sigiloso que tramita
no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão foi tomada durante a 44ª Sessão
Ordinária do Tribunal Pleno, realizada nesta terça-feira (10), e apresentada pelo
vice-presidente da Corte, Conselheiro Luis Fabian Pereira Barbosa.

A proposta de afastamento foi aprovada pelos membros do TCE-AM, tornando a
sessão inicialmente pública em uma reunião sigilosa devido à natureza
confidencial do caso. Enquanto durar o afastamento cautelar, os processos de
Moutinho serão redistribuídos para outros conselheiros do tribunal, sem prejuízo
à tramitação dos mesmos.

Conforme a Resolução 06/2023 do TCE-AM, o conselheiro afastado continuará
recebendo seus vencimentos e mantendo as vantagens do cargo, bem como a
composição de seu gabinete.

A sessão contou com a participação dos conselheiros Júlio Assis Corrêa Pinheiro,
Mario Manoel Coelho de Mello, Josué Claudio de Souza Neto, Luis Fabian Pereira
Barbosa e o conselheiro substituto Alipio Reis Firmo Filho, que participou de
forma virtual. Estiveram ausentes a conselheira Yara Amazônia Lins Rodrigues,
por impedimento, e o conselheiro Érico Xavier Desterro e Silva, com
justificativa para sua ausência.

RELEMBRE O CASO

Em 6 de outubro de 2023, Yara Lins denunciou Ari Moutinho por insultos e ameaças
durante a votação de sua reeleição à presidência do TCE-DE. Ela afirmou que ele
a chamou de “safada” e “cachorra”, além de tê-la ameaçado.

“Fui cumprimentar o conselheiro Ari com um “bom dia”, e ele me respondeu, ‘bom
dia nada sua safada, cachorra’, e me ameaçou”, disse Yara Lins.

Após a denúncia, Moutinho foi temporariamente afastado, mas o Tribunal de Justiça
do Amazonas anulou a decisão, alegando falta de prazo para defesa.

Dois meses depois, o TCE-AM arquivou o processo contra Moutinho e
decidiu não admitir a representação disciplinar contra ele.

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Prefeitura de Manaus deve liberar Praia da Ponta Negra após flagrante de banhistas: Entenda.

Após flagrante de banhistas, a Prefeitura de Manaus deve anunciar a liberação da Praia da Ponta Negra. Segundo a prefeitura, a liberação do banho será possível devido à subida das águas do Rio Negro, que ultrapassou a cota de emergência de 16 metros. Com a seca severa, a praia da Ponta Negra, principal balneário de Manaus, estava interditada para banho.

A Prefeitura de Manaus fará o anúncio das ações para a liberação da Praia da Ponta Negra nesta quinta-feira (26). O anúncio vem após o flagrante feito pela Rede Amazônica de banhistas desrespeitando os avisos de interdição para banho, que estão em vigor desde 17 de setembro. A liberação do banho na praia será possível devido ao aumento do nível do Rio Negro, que atingiu 17,09 metros na terça-feira (24), ultrapassando a cota de emergência de 16 metros.

A prefeitura informou, por meio de nota, que o anúncio oficial sobre a liberação do banho na Praia da Ponta Negra será feito às 9h de quinta-feira (26), no anfiteatro do complexo turístico, na Zona Oeste de Manaus. Apesar do anúncio, o local permanece interditado no feriado de Natal, pois na quarta-feira (25) ainda foi possível flagrar banhistas desrespeitando as placas de interdição e vandalizando a cerca que delimita a área interditada.

O monitoramento das condições de banho na praia foi intensificado nos últimos 15 dias pela Prefeitura de Manaus, que solicitou laudos e relatórios do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Corpo de Bombeiros. A interdição da Praia da Ponta Negra foi necessária devido à proximidade do fim do aterro perene e ao leito natural do Rio Negro, que pode apresentar alterações no terreno durante os movimentos de cheia e vazante.

Em 2013, a Prefeitura de Manaus assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), resultando na adoção de normas para o uso da praia. De acordo com o TAC, a interdição pode ser aplicada sempre que laudos e relatórios comprovarem que as condições da praia se tornam impróprias para os banhistas, como ocorreu este ano após o Rio Negro atingir 12,11 metros, o menor nível já registrado em mais de 120 anos de medição.

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