TCM determina que Prefeitura de Goiânia não feche 50 bibliotecas

TCM determina que Prefeitura de Goiânia não feche 50 bibliotecas

O Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) determinou que a Prefeitura de Goiânia não feche 50 bibliotecas em redes de ensino da Capital. Segundo a Prefeitura, os locais não estavam sendo utilizados, e a decisão visava abrir espaço para novas salas de aula. No entanto, o TCM considerou que a medida vai contra a lei.

A decisão da Prefeitura de Goiânia e a resposta do TCM

A Prefeitura de Goiânia entrou com ação para fechar bibliotecas em escolas a fim de abrir mais vagas para alunos nas redes de ensino. A justificativa era de que não estava havendo a utilização desses espaços. Porém, educadores protestaram contra a medida, afirmando que os locais cumpriam uma função importante dentro das escolas.

Com isso, o TCM-GO entrou em ação para determinar que isso não aconteça. De acordo com o conselheiro Francisco José Ramos, a medida da Prefeitura de Goiânia vai contra a lei que estabelece a universalização das bibliotecas em escolas. Todas as unidades devem ter pelo menos um livro para cada aluno com matrícula.

Foi o vereador Marco Rubem (PT) que entrou com o pedido no TCM-GO, sob o argumento de que, se a Prefeitura de Goiânia deseja ampliar o número de vagas para alunos, que o faça construindo novas unidades, e não fechando bibliotecas.

O TCM-GO é um órgão de controle externo responsável por supervisionar e fiscalizar a forma como se utilizam os recursos públicos. Atualmente, o órgão é responsável pela fiscalização de 246 municípios, exercendo o controle externo da administração municipal.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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