Tebet espera que Lula mantenha presença feminina em mudanças ministeriais

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, comentou nesta quarta-feira, 12, as possíveis mudanças que podem ser feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Esplanada dos Ministérios. A titular da pasta econômica foi questionada sobre as iminentes trocas, principalmente, em pastas comandadas por mulheres.

“Não falo sobre o núcleo político, mas se, por ventura, isso tiver acontecendo e tiver uma mudança ministerial, vamos torcer para que sejam colocadas mulheres. Que outras possam assumir novos cargos”, disse a ministra na chegada ao Palácio do Planalto para participar do relançamento do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia.

Tebet acrescentou: “o importante é que a proporcionalidade nunca caia”. A ministra reforçou que Lula se importa com a proporcionalidade e que, com eventuais mudanças, a questão de gênero será compensada. A presença feminina em cargos de importância do governo é fundamental para “que todas as mulheres sejam beneficiadas com políticas públicas, para que possam avançar com programas e projetos”.

No momento, ao menos três mulheres correm risco de deixar a gestão de Lula. A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, já teve a demissão confirmada, mas ainda não foi exonerada oficialmente. Além dela, a ministra dos Esportes, Ana Moser, e a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, estão com os cargos ameaçados.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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