A partir do próximo ano, o salário mínimo terá reajuste real. A promessa é da ministra ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, para garantir o poder de compra do trabalhador brasileiro. Em discurso, ela reafirmou o compromisso do presidente Lula em garantir a valorização do piso salarial feito durante a campanha eleitoral.
“O aumento vai ser real, o quanto vai depender da aprovação do arcabouço e de que forma nós poderemos estar falando de incremento de receita de um lado e, obviamente, corte de despesas, de outro”, afirmou na apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024.
Ela detalhou que a previsão é de R$ 1.389 de salário mínimo no próximo ano. O valor ainda não contempla aumento real porque inclui somente a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) já prevista para dezembro deste ano.
O PLDO escalonou aumento progressivo de R$ 1.435 e de R$ 1.481 para 2025 e 2026, respectivamente. Tebet defende o texto usando outro argumento: o investimento em projetos sociais, sendo os mais visados o Mais Médicos e o Minha Casa, Minha Vida.
Em maio, os trabalhadores terão os salários baseados no mínimo de R$ 1.320 – atualmente é de R$ 1.302. A política federal de reajustes levará em conta a reposição inflacionária e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Lula considera que “é a forma mais justa de você distribuir o crescimento da economia”, afirmou durante entrevista em fevereiro.
Uma discussão sobre a redução da jornada de trabalho, revisão de parte da legislação trabalhista e da estrutura das centrais sindicais e o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também devem integrar os debates até o fim do ano.