Técnica de enfermagem é demitida por divulgar fotos do corpo de traficante

Técnica de enfermagem é demitida por divulgar fotos do corpo de traficante

Uma técnica de enfermagem foi demitida após compartilhar imagens do corpo do traficante conhecido como “Tio Patinhas”, em Niquelândia, na região norte de Goiás. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade se manifestou divulgando uma nota de repúdio pelo feito da profissional.

A divulgação das imagens do corpo de Carlos Daniel Cezar Almeida Nunes, de 22 anos, ocorreu na última quinta-feira, 29, no Hospital Municipal Santa Efigênia. A SMS relatou que a conduta dela foi insensata e irresponsável, além de ter tomado uma atitude inadequada e desrespeitosa.

O hospital comunicou que preza pelo atendimento humanizado e que não compactua com esse tipo de comportamento. E ainda complementou informando que se solidariza com os familiares do jovem e que as providências de descredenciamento da profissional já foram exercidas.

Segundo a SMS, a mulher foi demitida na última sexta-feira, 30. A atitude pertence ao crime de vilipêndio a cadáver que, de acordo com o Código Penal Brasileiro, corresponde em expor, profanar, desrespeitar ou ultrajar a vítima. A pena varia de um a três anos de multa e prisão.

Carlos Daniel faleceu após um confronto com a polícia, em Niquelândia. De acordo com o Comando de Operações de Divisas (COD), o jovem disputava território para tráfico de drogas e era considerado criminoso de alta periculosidade. Chamado como “Tio Patinhas”, conforme a polícia, Carlos tinha passagens por latrocínio, roubo receptação e tráfico de drogas.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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