Técnica de enfermagem é morta em assalto na Bahia: como a crueldade impacta a sociedade

Técnica de enfermagem é morta durante roubo de moto na Bahia; suspeitos mandaram filha da vítima correr antes de atirar

Um crime chocante chocou a cidade de Juazeiro, na Bahia, quando uma técnica de enfermagem de 43 anos foi vítima de um assalto fatal. A vítima, identificada como Aparecida Rodrigues de Gois Ferreira, estava acompanhada de sua filha de seis anos quando foi abordada por dois homens armados no bairro Argemiro. Os criminosos, sem piedade, mandaram a criança correr antes de atirarem na técnica de enfermagem, que infelizmente veio a falecer no local. Por sorte, a menina não presenciou a execução da mãe e não sofreu nenhum ferimento.

A Polícia Civil está investigando o caso, e até o momento ninguém foi preso. O crime ocorreu enquanto mãe e filha estavam a caminho da igreja, provavelmente em um momento de paz e recolhimento. O fato de a menina ter sido instruída a correr antes dos disparos demonstra a crueldade dos criminosos e o impacto devastador que a violência urbana pode ter na sociedade.

A motocicleta da vítima foi roubada durante o assalto e mais tarde encontrada no bairro Sol Levante, a cerca de 7 km de distância do local do crime. A comunidade local está consternada com o ocorrido e exige justiça para Aparecida Rodrigues de Gois Ferreira. A tragédia serve como um alerta para a necessidade de maior segurança nas ruas e de medidas eficazes de combate à criminalidade.

Este caso sensibilizou não apenas a população de Juazeiro, mas todas as pessoas que acreditam na importância do respeito à vida e à segurança de todos. A falta de prisões até agora gera preocupações quanto à impunidade e à sensação de insegurança que assola a região. É crucial que as autoridades competentes ajam com rapidez e eficácia para identificar e capturar os responsáveis por esse ato repugnante.

Os familiares, amigos e colegas de trabalho de Aparecida Rodrigues de Gois Ferreira estão em luto e clamam por justiça. A comunidade local se mobiliza para oferecer apoio à família enlutada e para reforçar a importância da solidariedade e da união em momentos de adversidade. Que a memória da técnica de enfermagem seja honrada e que seu trágico fim seja o ponto de partida para uma mudança efetiva na segurança pública da região.

A violência urbana ceifou a vida de uma profissional dedicada e de uma mãe amorosa, deixando um vazio irremediável na vida daqueles que a amavam. O legado de Aparecida Rodrigues de Gois Ferreira deve ser lembrado como um exemplo do impacto humano causado por atos de barbárie e pela impunidade que permeia o cenário da criminalidade. Que sua morte não seja em vão e que as autoridades assumam o compromisso de garantir um ambiente seguro e justo para todos os cidadãos. A sociedade clama por justiça e por paz.

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Carlinhos Brown defende Claudia Leitte após polêmica na letra: ‘Não é racista’

Carlinhos Brown sai em defesa de Claudia Leitte após polêmica por mudança em letra de música: ‘Não é racista’

Cantora foi criticada por secretário de Cultura depois que substituiu o verso “Saudando a rainha Iemanjá” por “Eu canto meu Rei Yeshua” em show no fim de semana.

Claudia Leitte e Carlinhos Brown no The Voice Brasil, em 2019 — Foto: Isabella Pinheiro/Gshow

Carlinhos Brown [https://de.globo.com/tudo-sobre/carlinhos-brown/] não vai engrossar o coro contra Claudia Leitte [https://de.globo.com/tudo-sobre/claudia-leitte/], criticada após mudar um verso da música “Caranguejo” [https://de.globo.com/ba/bahia/musica/noticia/2024/12/17/secretario-de-cultura-de-salvador-critica-redes-sociais.ghtml] em show realizado no último sábado (14), em Salvador [https://de.globo.com/ba/bahia/cidade/salvador/]. Vídeos que viralizaram na web mostram a artista cantando “Eu canto meu Rei Yeshua” ao invés de “Saudando a rainha Iemanjá” durante o ensaio de verão “Soul D’Rua”, no Candyall Guetho Square, espaço criado pelo próprio Brown em Salvador e sede da Timbalada.

Para o músico, isso não faz da colega preconceituosa. Claudia canta dessa forma desde 2014, período em que se tornou evangélica.

“A Guetho é uma casa laica. Todas as pessoas têm direito a ter suas manifestações. (…) [A atitude de Claudia] É uma coisa que eu não queria estar falando porque é polêmica, e eu tenho uma espiritualidade muito acentuada. Mas eu posso te garantir que Claudia Leitte não é uma pessoa racista”.

A declaração de Brown foi dada em coletiva de imprensa com os veículos da Rede Bahia após participação no programa “Fuzuê”, da rádio Bahia FM, nesta quarta-feira (18).

Na opinião dele, o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, também não classificou a artista como tal. Em texto publicado no Instagram [https://de.globo.com/ba/bahia/musica/noticia/2024/12/17/secretario-de-cultura-de-salvador-critica-redes-sociais.ghtml], o gestor lembrou que a palavra “axé” vem de origem yorubá e, “com essa mesma importância, vêm também os toques de percussão que sustentam, dão identidade e ritmo à chamada axé music”. [Leia a íntegra do texto no fim do texto]

“Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua repercussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas, de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo”, escreveu Tourinho.

Secretário de Cultura comenta sobre Claudia Leitte substituir nome de orixá em música [https://s02.video.glbimg.com/x240/13191701.jpg]

O comentário teve grande repercussão e conquistou o apoio até de Ivete Sangalo [https://de.globo.com/tudo-sobre/ivete-sangalo/]. Nos comentários da publicação, a artista disse: “Sim!”, seguido por emojis de palmas em concordância.

Em meio a isso, Brown preferiu se distanciar da polêmica. “Para quem não sabe, Yeshua é Oxalá e Oxalá é marido de Iemanjá. Dá licença, não quero me meter em polêmica. (…) Se ela mudou a letra, a responsabilidade é dela como artista. Mas imaginar que ela é uma pessoa racista, isso é um grande engano”, acrescentou.

Carlinhos Brown participou do ‘Fuzuê’, da Bahia FM, rádio que integra a Rede Bahia — Foto: de Bahia

Autora aponta ‘terrorismo religioso’

A professora e escritora Bárbara Carine, vencedora do Prêmio Jabuti 2024 [https://de.globo.com/ba/bahia/noticia/2024/11/20/escritores-baianos-premio-jabuti.ghtml], também criticou Claudia Leitte. Para a intelectual, a atitude da artista reflete “terrorismo religioso” [https://de.globo.com/ba/bahia/noticia/2024/12/18/vencedora-de-premio-jabuti-critica-claudia-leitte-apos-artista-substituir-nome-de-orixa-em-musica.ghtml].

“É realmente revoltante o racismo religioso, eu diria até um terrorismo religioso, que essas pessoas instaram na nossa cultura. É extremamente revoltante o lucro com o demonização dessa cultura, porque é uma pessoa que vive do axé”, afirmou.

Bárbara destacou que a artista lucra com o axé music, ritmo influenciado pelas religiões de matriz africana. Por isso, ela não deveria demonizar essa cultura.

ENSAIOS DE VERÃO DE CLAUDIA LEITTE

A cantora não se manifestou sobre a polêmica que tomou conta das redes sociais. Em publicação feita nesta quarta, Claudia confirmou novas datas dos shows pré-carnaval.

No dia 1º de fevereiro, véspera do Dia de Iemanjá, ela volta a se apresentar na capital baiana. Em 15 de fevereiro, o show será em Fortaleza.

CRÍTICA RECORRENTE

Em fevereiro deste ano, o assunto já havia sido abordado pela cantora, atriz e apresentadora Larissa Luz, depois que um trecho da mesma música viralizou. Só que, na ocasião, a imagem era de um DVD de Claudia Leitte gravado no mesmo ano em que a artista passou a fazer a substituição.

Larissa Luz faz crítica irônica após vídeo que Claudia Leitte retirando saudação a orixá [https://s02.video.glbimg.com/x240/12360117.jpg]

Em resposta, Larissa Luz fez uma gravação em que ela também troca versos de canções católicas [https://de.globo.com/ba/bahia/noticia/2024/02/16/larissa-luz-faz-critica-ironica-apos-video-em-que-claudia-leitte-altera-verso-de-musica-para-suprimir-saudacao-a-iemanja-viralizar.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar-mobile&utm_campaign=materias] do cantor Roberto Calos por nomes de orixás.

“Oi, gente, hoje vim cantar para vocês um trecho de uma música que gosto muito, mas fiz uma ‘adaptaçãozinha’ para colocar no meu repertório. Para ficar mais a ver comigo, com minha crença, com minha realidade e ficou mais ou menos assim”, disse a cantora baiana nas redes sociais.

Em seguida, Larissa cantou os refrões das músicas: “Oxalá, oxalá, oxalá, eu estou aqui” e “Essa luz é claro que é Exu”. Para finalizar, a artista deixa um recado: “Tu para, mulher”.

Na legenda da publicação, Larissa Luz ressaltou que o vídeo continha sátira e humor. “Favor se esforçar para entendimento caso não haja‼️ Bora tá refletindo!!? Lembrando que nesta casa adoramos o respeito! Eu ouvi amém?! Axé”.

LEIA A CRÍTICA DE PEDRO TOURINHO NA ÍNTEGRA ABAIXO 👇

“Axé é uma palavra de origem yorubá, que tem um significado e um valor insubstituível na cultura e nos cultos de matriz africana. Deste mesmo lugar, e com essa mesma importância, vêm também os toques de percussão que sustentam, dão identidade e ritmo à chamada Axé Music.

Sempre há tempo para refletir, entender, mudar e reparar, mesmo após os 40 anos. O papel da cultura negra no axé music, o protagonismo dos cantores brancos, com os negros na composição e na ‘cozinha’, são fatos que não podem ser contornados. Não é para se fazer caça às bruxas, mas sim fazer justiça e colocar tudo no seu devido lugar.

Homenagens ao Axé Music em 2025 têm de ser também afirmativas, trazendo os tambores para frente, os compositores para o alto. Têm de remunerar também de forma equivalente todas as cores. Têm de trazer a informação da origem daquela batida, falar de Dodô tanto quanto de Osmar. Celebrar aquele momento, trazendo luz a tudo e todos.

Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua repercussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas, de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo, e é surreal e explícito reforço do que houve de errado naquele tempo”.

Veja mais notícias do estado no de Bahia [https://de.globo.com/ba/bahia/ultimas-noticias/].

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Os desafios enfrentados por Claudia Leitte após a polêmica com a mudança na letra de sua música “Caranguejo” seguem em destaque nos debates em torno da cultura e da religião. A defesa feita por Carlinhos Brown em relação à cantora e às suas escolhas demonstra o ponto de vista de que a liberdade artística deve ser respeitada, independentemente de interpretações controversas. A polêmica destaca a importância de respeitar as raízes e a origem das expressões artísticas, como forma de preservar a diversidade cultural. Enquanto a discussão permanece em aberto, a música continua a ser um elemento central na reflexão sobre identidade e respeito às tradições.

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