Técnica de enfermagem é presa por sair com restos da Coronavac

Uma técnica de enfermagem foi presa em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, por sair de um posto de saúde carregando restos de vacinas contra a Covid-19 guardados dentro de uma garrafa com gelo.

Os agentes desconfiaram e ao ser questionada, ficou bastante nervosa com a situação.

No depoimento, ela informou que havia guardado os restos que sobravam do fundo de vários frascos da Coronavac e estava levando pra casa pra vacinar o marido. A profissional relatou ainda que o procedimento foi autorizado pela supervisora do posto que fica no bairro de Neves.

Depois de prestar depoimento, a profissional foi liberada. Ela pode responder por peculato (crime que consiste na subtração ou desvio de dinheiro público ou coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda).

O caso foi tratado como um fato isolado e o governo municipal emitiu uma nota informando sobre o controle rígido na quantidade de doses, “todos os procedimentos para controle das doses são adotados nos postos de vacinação, com numeração e contagem dos frascos no início e término dos trabalhos para que não ocorra riscos de furtos”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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