Técnica de enfermagem é presa por sair com restos da Coronavac

Uma técnica de enfermagem foi presa em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, por sair de um posto de saúde carregando restos de vacinas contra a Covid-19 guardados dentro de uma garrafa com gelo.

Os agentes desconfiaram e ao ser questionada, ficou bastante nervosa com a situação.

No depoimento, ela informou que havia guardado os restos que sobravam do fundo de vários frascos da Coronavac e estava levando pra casa pra vacinar o marido. A profissional relatou ainda que o procedimento foi autorizado pela supervisora do posto que fica no bairro de Neves.

Depois de prestar depoimento, a profissional foi liberada. Ela pode responder por peculato (crime que consiste na subtração ou desvio de dinheiro público ou coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda).

O caso foi tratado como um fato isolado e o governo municipal emitiu uma nota informando sobre o controle rígido na quantidade de doses, “todos os procedimentos para controle das doses são adotados nos postos de vacinação, com numeração e contagem dos frascos no início e término dos trabalhos para que não ocorra riscos de furtos”.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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