Técnico do Botafogo critica atitude de Deyverson e provoca Atlético-MG na reta final do Brasileirão

É de pior tom”, afirma técnico do Botafogo sobre atitude de Deyverson

Após briga entre Atlético-MG e Botafogo, Deyverson disse esperar que o Palmeiras conquiste o Brasileirão no lugar do Glorioso

O português Artur Jorge, técnico do Botafogo, deu mais um capítulo à série de provocações entre membros do Glorioso e do Atlético-MG. O treinador estrangeiro criticou, nesta segunda-feira (25/11), a atitude de jogadores do Galo por torcerem contra o time carioca no Brasileirão.

Botafogo e Atlético-MG protagonizaram cenas lamentáveis, na quarta-feira (20/11), pelo Campeonato Brasileiro, quando uma briga ocorreu no fim do jogo, que terminou em 0 x 0. O atacante Deyverson, do Galo, por exemplo, disse esperar que o Palmeiras tome a liderança do certame nacional.

“O Hulk no final falou sobre um jogador meu. Hulk, que eu muito respeito, mas se preocupou com as palavras de um jogador por ter dito algo do adversário. Acho que é de pior tom, quando nós pegamos um jogador da própria equipe [Deyverson] e que deseja que um rival seja campeão do Brasileiro. E esse rival, que jogou contra o Palmeiras também, e que deseja o Palmeiras campeão”, destacou Artur Jorge, em coletiva de imprensa.

O técnico botafoguense lembra ainda que o Atlético-MG foi campeão há três anos e tem algo de errado em torcer pela vitória de um rival. “Portanto, moralmente, para mim, não venham com lições de moral, nem pra mim nem para meus jogadores”, diz.

Botafogo e Atlético-MG decidem a final da Libertadores, neste sábado (30/11), a partir das 17h (horário de Brasília), no Monumental de Núñez. Antes, porém, o Glorioso precisa se preocupar com o Palmeiras no duelo pela liderança do Campeonato Brasileiro, pela 36ª rodada, nesta terça-feira (26/11).

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Mortes por demência e Alzheimer crescem 3.400% em três décadas: Brasil esquece suas memórias

Mortes por demência e Alzheimer cresceram 3.400% em três décadas

Em 1996, 985 brasileiros perderam a suas vidas por conta de demência ou Alzheimer. No ano passado, o número foi de 34.279 mortes

Existe um Brasil que aos poucos está se esquecendo. Fogem das memórias os nomes dos filhos, o sorriso das pessoas que amam e escapa também, dentro do universo encefálico de suas mentes, a vida que decidiram viver. Tudo isso por conta de um inexplicável erro no processamento de certas proteínas dentro do sistema nervoso central.

São pedaços de proteínas que aparecem ainda sem muitas explicações e se tornam tóxicas para os neurônios e sinapses. Desencadeia-se um verdadeiro colapso de memórias e sentimentos. É assim que surgem as doenças demenciais. É assim que mais de 385 mil brasileiros “desapareceram” de si e morreram nas últimas três décadas.

É fundamental que o Brasil passe a se importar com o crescimento do número de vidas afetadas diretamente por conta das doenças. Em 1996, foi apontado que 985 brasileiros perderam a suas vidas por conta de algum grau de demência ou Alzheimer. No ano passado, o número foi de 34.279 pessoas. Isso representa um aumento de 3.380% nas últimas décadas.

Os dados citados fazem parte de um levantamento do DE com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, e consideram apenas as causas básicas de falecimentos por doença de Alzheimer, demência na doença de Alzheimer, demência vascular, demência em outras doenças e demência não especificada. Os números são de óbitos por residência.

MEMÓRIAS ROUBADAS

O professor da Universidade de Brasília (UnB) Otávio de Toledo Nóbrega, membro da seção do Distrito Federal da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG-DF), explica que o córtex cerebral costuma ser uma das áreas mais prejudicadas pela doenças demenciais, principalmente nas regiões temporais e parietais, na lateral do crânio. A literatura médica aponta também alterações no hipotálamo e no hipocampo.

Áreas que administram parte essencial de quem somos. São algumas gramas de massa cinzenta que conduzem a personalidade e a forma como lidar com as lembranças que construímos durante toda a vida. No entanto, com o desenvolvimento da demência, as regiões são afetadas diretamente. Pode-se, inclusive, morrer sem noção nenhuma do quem tenha sido.

“A ciência até entende bem o defeito que acontece no cérebro para desenvolver Alzheimer, especificamente. A gente sabe que os principais defeitos são bioquímicos, em que proteínas alteradas se acumulam no cérebro. Principalmente, uma proteína chamada beta-amiloide, que se acumula demais e acaba funcionando como substância tóxica dos neurônios, impedindo que as transmissões nervosas aconteçam”, comenta o especialista.

Sobre o aumento exponencial dos casos e mortes por doenças demenciais no país, Nóbrega salienta sobre uma “revolução da longevidade”, causando uma mudança muito drástica e importante na estrutura etária brasileira, representada principalmente pela maior expectativa de vida. Com o maior número de idosos e prolongação da vida, por consequência, há também pessoas mais suscetíveis às doenças demenciais. No entanto, o crescimento das mortes vai além disso.

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