Técnicos fazem vistoria em brinquedos do Parque Mutirama

O Parque Mutirama está fechado desde julho de 2017, quando uma falha no brinquedo Twister deixou 13 pessoas feridas. A data de abertura ainda não está definida pela Agência Municipal de Eventos, Turismo e Lazer (Agetul). Mas os análises criteriosas estão sendo feitas para que problemas como o que aconteceu não se repitam.
Desde segunda-feira (21), uma equipe de técnicos da empresa Bellé Engenharia, contratada para fazer os laudos técnicos do Parque Mutirama, está em Goiânia para realizar novas aferições nos 27 brinquedos que contemplam o parque de diversões. Os trabalhos serão concluídos na quarta-feira (23).

Em entrevista coletiva à imprensa nesta manhã, o titular da Agetul lembrou que todo o trabalho de reforma da unidade de lazer tem como princípio a segurança dos brinquedos. “Por isso, estamos recebendo os técnicos da Bellé Engenharia, que em laudo nos apontou as demandas de serviços e adequações dos brinquedos que precisariam ser realizadas”, citou Ronaldo Vieira, acrescentando que o parque solicitou com antecedência a visita dos técnicos para apresentar os procedimentos que estão sendo adotados. “Das 27 atrações, 16 já estão totalmente prontas”.

Além da Bellé Engenharia, representantes do Conselho Regional Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) também acompanham todo o andamento dos serviços desenvolvidos no Parque Mutirama e a reabertura, conforme Ronaldo Vieira, será definida com o laudo concluído.

Para o engenheiro mecânico da Bellé Engenharia, Alisson Galvan Ballé, desde o laudo inicial já era identificado que a reforma demandaria um tempo substancial. “Quando desmontamos todos os brinquedos, identificamos que seria uma manutenção de longa data, principalmente para aquisição de insumos, pois muitas peças, por exemplo, não são mais comercializadas e foram feitas para atender exclusivamente ao Parque Mutirama”, frisou Alisson, completando que o eixo da roda gigante foi analisado por uma empresa do exterior. “Estamos todos comprometidos com a segurança do parque”.

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Lixões: 76,01% dos municípios estão regulares ou em regularização

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) acaba de divulgar o balanço do primeiro ano do Programa Lixão Zero, que mostra que 76,01% dos municípios já estão regulares ou em processo de regularização para encerramento dos respectivos lixões. Os municípios em situação irregular representam 20,33%.

O relatório informa também que nove municípios (3,66%) se declararam isentos, sob argumento de que já faziam a disposição ambientalmente correta dos resíduos sólidos antes da edição do decreto estadual 10.367/23, que criou o Programa Lixão Zero.

Lixões

O Decreto 10.367/23 foi elaborado pelo Governo de Goiás para ajudar os municípios a se adequarem ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que, por sua vez, estipulou que 2 de agosto de 2024 era o prazo-limite para que todos os municípios brasileiros deixassem de fazer o descarte em lixões.

“Nós atribuímos o avanço no processo de adesão ao Lixão Zero, ao longo de 2024, aos esforços da Semad para divulgar o programa, informar e auxiliar os municípios”, afirma a secretária Andréa Vulcanis. “Cada prefeitura precisa fazer um esforço para conseguirmos ser referência nessa transição”, disse Vulcanis.

A divulgação, de acordo com o relatório, aconteceu em pelo menos 70 reuniões ao longo do ano (com consórcios ou prefeituras), entrevistas, participações em eventos, em lives, podcasts, publicação de duas cartilhas e de cinco vídeos explicativos no canal da Semad no Youtube. Além do atendimento via Whatsapp.

Lixão Zero

O Programa Lixão Zero foi dividido em duas fases: a de transição e a definitiva. Na transição, todos os municípios tinham o dever de redirecionar (até 02 de agosto de 2024) os resíduos para um aterro sanitário próximo e com licença ambiental, além requerer na Semad a licença para encerramento do lixão, cercar a área e iniciar a reabilitação dela.

Em paralelo, apresentar o programa de coleta seletiva implantado. Os que não têm devem apresentar um plano para implantação de coleta seletiva com metas progressivas.

A fase definitiva terá um componente inédito, que é o estado assumindo a titularidade em parceria com os municípios para garantir a destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. As soluções a serem construídas nessa fase vão partir do modelo de regionalização do saneamento básico, cujas regras já foram aprovadas pela Assembleia Legislativa (lei complementar 182/2023).

O Governo de Goiás contratou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para elaborar a modelagem da prestação regionalizada dos resíduos sólidos urbanos, em razão da expertise que o banco já tem no assunto.

Existe uma comissão técnica do Estado (formada por representantes da Semad, Celgpar, Goiás Parcerias, Agência Goiana de Regulação e Procuradoria-Geral do Estado) que vai monitorar o processo e prestar o auxílio que for necessário, inclusive avaliando os produtos que forem entregues pelo BNDES.

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