“Tem que prender todo mundo”, diz presidente do TJ-GO sobre bloqueios de bolsonaristas

PF cumpre 100 mandados contra manifestantes de atos golpistas

Preocupado com os danos que os bloqueios das rodovias podem causar, o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Carlos França, defende a prisão dos envolvidos. Indignado, o magistrado chegou a afirmar que deve conversar com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), para traçar estratégias para o estado nesta terça-feira, 1º.

“Acho que tem é de prender todo mundo, porque são grupos de 15, 20 pessoas. Tirar os caminhões das rodovias, prender aqueles que estão descumprindo a lei eventualmente”, afirmou o presidente do tribunal.

Ainda de acordo com ele, o desbloqueio dos 15 pontos interditados em Goiás “é um problema sério” e, que deve ser enfrentado logo, principalmente após “a decisão do ministro (do Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes”, disse

Além disso, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) prepara uma Orientação de Cumprimento de Decisão (OCD) para seguir com a medida determinada por Morais.

Na tarde desta segunda-feira, 31, o governador chegou a comentar sobre a situação. De acordo com ele, a questão estava sendo resolvida pacificamente, inclusive, os bloqueios já permitiam a passagem de carros e emergências. Após a determinação de Morais, o chefe do executivo estadual ainda não se pronunciou. Até o momento, ao menos cinco vias já foram liberadas. Também não há relatos de violência ou vandalismo nas rodovias goianas.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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