Temer acompanha julgamento no gabinete, pela TV e junto com ministros

O presidente Michel Temer acompanhou no gabinete, acompanhado de ministros, a sessão da manhã desta quinta-feira (8) do julgamento da ação que pede a cassação da chapa formada por ele e pela ex-presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014.

A agenda desta quinta do presidente só registra “despachos internos ” e até gravações que estavam programadas para os canais oficiais do governo foram suspensas.

O presidente chegou ao Palácio do Planalto por volta das 9h . Ministros que têm gabinete no Planalto foram chamados ao gabinete presidencial e se revezaram ao lado do presidente, assistindo pela TV a transmissão do julgamento.

Câmara

O julgamento no TSE é uma das batalhas que Temer enfrenta. Se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar denúncia contra o presidente com base nas delações dos donos da empresa JBS, ele precisará dos votos de pelo menos 172 deputados na Câmara, que tem de autorizar ou não o prosseguimento da denúncia. Se autorizar, o presidente será julgado no Supremo Tribunal Federal.

Nesta quinta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que, se a denúncia for apresentada, será encaminhada no prazo de duas sessões à Comissão de Constituição e Justiça. Em seguida, a defesa terá dez dias para se manifestar, e o relator, cinco sessões para apresentar seu relatório, antes de o caso ser levado para o plenário.

“Não temos a denúncia ainda. Vamos aguardar para ver se o dr. Janot vai apresentá-la. Apresentando, a Câmara dos Deputados vai analisar”, disse Maia.

Fonte: G1

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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