Temer dá posse a ministros e destaca desafio de retomada do desenvolvimento

Ao dar posse hoje (7) a Aloysio Nunes no cargo de ministro das Relações Exteriores e a Osmar Serraglio como ministro da Justiça e Segurança Pública, o presidente Michel Temer disse que ambos são qualificados para os novos desafios.

Segundo ele, a tarefa de “recolocar o Brasil no rumo do desenvolvimento é enorme”. Durante o discurso, Temer elogiou a parceria que tem mantido com o Congresso Nacional para a aprovação de medidas de interesse do governo, classificando-a de “presidencialismo verdadeiro”.

A Osmar Serraglio, Temer disse que ele terá um “trabalho pesadíssimo”. “Não haverá sábado, não haverá domingo. Não quero assustar sua família, mas é assim que as coisas se passam”, disse, destacando os desafios atuais da segurança pública e a iniciativa da União de atuar em casos que, de acordo com ele, são de responsabilidade inicial dos governos estaduais.

Participaram da posse, além de outros ministros, senadores e deputados de vários partidos. Ao mencionar as reformas encaminhadas ao Congresso pelo Palácio do Planalto, dirigindo-se aos parlamentares, o presidente disse ter “absoluta convicção” de que alcançará as vitórias “em nome do país”.

Sobre os desafios do novo chefe do Itamaraty, Temer disse que ele deve continuar desempenhando o papel de José Serra no sentido de universalizar as relações internacionais. “Não vamos segmentá-las em nome de interesses dessa ou daquela qualidade. Devemos ter uma relação institucional entre Estados”, defendeu.

Aloysio Nunes Ferreira assumiu o lugar do também senador José Serra (PSDB-SP), que há duas semanas pediu demissão por problemas de saúde. Já Osmar Serraglio substituirá Alexandre de Moraes, que assumirá a vaga deixada por Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF). Teori morreu em um acidente aéreo no dia 19 de janeiro.

Serra e Moraes faziam parte da equipe de Temer desde que ele assumiu a Presidência ainda na interinidade, em maio do ano passado.

Fonte: Agência Brasil.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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