Temer diz a investidores que Brasil é um destino seguro para negócios

Em discurso para investidores, hoje (20), em Nova York, o presidente Michel Temer disse que o Brasil passa por um momento de “transformações modernizadoras” com reformas e maior abertura ao mundo. Temer destacou que o governo tem promovido reformas em favor da produtividade da economia brasileira e que o Brasil é um destino seguro para negócio.

O discurso no encerramento do Seminário de Oportunidades de Investimento no Brasil, promovido pelo jornal Financial Times, foi um dos últimos compromissos do presidente em Nova York antes de embarcar de volta ao Brasil.
Temer destacou o pacote de concessões e privatizações lançado pelo governo e disse que as perspectivas de investimentos são animadoras, sobretudo na área de infraestrutura. “Cuidamos de consolidar um ambiente de negócios de maior racionalidade e maior segurança jurídica”, disse.

O presidente disse aos investidores que o Brasil é um destino seguro para fazer negócios, com instituições sólidas e parceiros confiáveis. E acrescentou que o país é, historicamente, um espaço de estabilidade, distante dos focos de tensão geopolítica e com uma sociedade plural e marcada pela tolerância. “Esses são, nos dias que correm, bens escassos, que temos cultivado e que queremos valorizar sempre mais”, ressaltou.

Reformas

Segundo Temer, o governo continuará a levar a cabo a agenda de reformas e citou as da Previdência e a trabalhista. Segundo ele, a reforma da Previdência é necessária para garantir o equilíbrio das contas públicas e o pagamento dos aposentados. Em relação à reforma trabalhista, disse que com a modernização, a legislação está em sintonia com a realidade do século 21.

Temer disse ainda que um dos maiores desafios do governo tem sido devolver ao Brasil o rumo da responsabilidade e do crescimento. “Quando assumimos o governo, há menos de um ano e meio, enfrentávamos a maior crise econômica de nossa história. O diagnóstico era claro: a crise tinha natureza sobretudo fiscal. Daí nosso empenho, desde a primeira hora, em conceber uma agenda de reformas que fosse à raiz desse problema”, disse.

Fonte: Agência Brasil

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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