Temer recebe Iris Rezende

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, se encontrou nessa quarta-feira, 18, com o presidente da República, Michel Temer, em Brasília. Acompanhado da primeira-dama, Íris Araújo, o prefeito foi recebido no gabinete do presidente, no Palácio do Planalto. A pauta da reunião, que durou mais de 50 minutos, girou em torno do apoio político de Iris Rezende ao governo Temer e do histórico político do prefeito e do presidente no MDB, agremiação que deu origem ao PMDB.

“Foi uma visita de cortesia. Eu e a Íris viemos reafirmar o nosso apoio ao presidente, pois o Brasil não pode sofrer um novo abalo na economia e na política”, disse. Na semana passada, o prefeito fez declarações públicas de apoio a Temer em entrevista coletiva durante vistoria de obras no Parque Cascavel. “Eu tenho feito uma força íntima para que não toquem no Michel. O que nós já estamos sofrendo hoje no país, se forem mudar de presidente para eleger outro daqui a um ano, aí que esse país vai entrar em uma anarquia. Estou torcendo para que o mundo político nacional tenha equilíbrio e não venha fazer politiquice no momento mais crítico da nação”, declarou o prefeito.

Sobre o risco de paralisação de obras federais em Goiânia, a exemplo do BRT Norte-Sul, o prefeito revelou que não aprofundou em assuntos específicos com o presidente Temer, pois tem acompanhado os secretários pessoalmente nas audiências com os ministros para dar celeridade às obras. “Todos os projetos do município com a União estão em andamento. Neste momento, estou me esforçando pessoalmente em Brasília para Goiânia garantir todos os recursos possíveis”, disse.

O presidente Michel Temer disse que tem acompanhado a movimentação política em Goiânia e reconhece que Iris é uma ponte de apoio ao governo federal. Ele agradeceu o prefeito e a primeira-dama, Iris Araújo, e disse que podem contar com o total apoio do governo federal.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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