Temer reúne-se ainda hoje com líderes da base aliada

Temer deve tratar da pauta legislativa na Câmara dos Deputados

O presidente Michel Temer informou, há pouco, em sua conta no Twitter que se reunirá ainda hoje (6) com líderes dos partidos da base aliada ao governo no Congresso Nacional. Ele não detalhou o tema do encontro, apenas disse: “Temos uma boa pauta e muito trabalho pela frente”.

Temer deve tratar da pauta legislativa na Câmara dos Deputados, que, nesta semana, tem sete medidas provisórias encaminhadas pelo governo na fila de votação do plenário. Entre as medidas, estão as que tratam de mudanças nos projetos de concessões e parcerias público-privadas, de alterações no Código de Mineração e da criação de um novo regime tributário para as atividades de exploração de petróleo e gás natural.

Também deve ser dicutida a retomada da tramitação da proposta de emenda à Constituição que altera as regras de acesso à aposentadoria. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, chegou a afirmar nesta segunda (6), em evento com empresários, na Espanha, que “a prioridade do governo agora é votar a reforma da Previdência até o fim do ano”.

A reforma está parada desde que a Câmara recebeu do Supremo Tribunal Federal a primeira denúncia pelo crime de corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer no semestre passado. O fato contribuiu para dispersar o apoio dos partidos da base aliada. Por se tratar de emenda constitucional, a reforma precisa de pelo menos 308 votos do total de 513 deputados para ser aprovada, em dois turnos.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já declarou que não adianta submeter o texto ao plenário sem que a base governista esteja realinhada e, por isso, ainda não marcou a data de votação da reforma. Maia disse também que não quer votar apenas medidas encaminhadas pelo governo e, sim, destacar até o fim deste semestre projetos de iniciativa do Legislativo, principalmente os que tratam de segurança pública.

Fonte: Agência Brasil

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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