Temperatura em Goiás pode chegar a 42°C

Goiás está enfrentando uma das ondas de calor mais intensas do ano, com temperaturas previstas para superar os 42°C em várias regiões do estado. Essa condição climática, causada por uma massa de ar quente e seca, traz consigo uma série de desafios para a população, especialmente em termos de saúde e segurança. Aqui, vamos explorar os principais aspectos desta onda de calor e como os moradores podem se proteger.
 
A onda de calor em Goiás é resultado de um sistema de alta pressão atmosférica que atua como um bloqueio para o avanço de sistemas frontais, contribuindo para a formação de uma “bolha de calor” na região. Essa massa de ar quente e seca vem ganhando força e afeta não apenas Goiás, mas também outras áreas dos estados de Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
 
As regiões norte, noroeste, oeste e sudoeste de Goiás estão entre as mais afetadas pela onda de calor. Cidades como Porangatu, Cidade de Goiás, Montes Claros e Araguapaz devem registrar temperaturas próximas ou acima dos 42°C. Em Goiânia, as temperaturas também são elevadas, com previsões de até 40°C e umidade relativa do ar próxima de 12%.
 
A onda de calor oferece significativos riscos à saúde, especialmente para crianças e idosos. A combinação de altas temperaturas e baixa umidade do ar pode levar a problemas respiratórios e desidratação. É fundamental aumentar a ingestão de água e manter ambientes úmidos para aliviar o desconforto nas vias respiratórias. O uso de umidificadores de ar e hidratantes para a pele também são recomendados.
 
Para se proteger contra o calor extremo, é crucial manter-se hidratado, evitando atividades físicas intensas durante as horas mais quentes do dia. O uso de ar-condicionado de maneira moderada e a aplicação de hidratantes na pele são medidas importantes. Além disso, pendurar toalhas molhadas em varais dentro de casa pode ajudar a aumentar a umidade do ar e aliviar o desconforto.
 
A onda de calor aumenta significativamente o risco de queimadas, especialmente em unidades de conservação ambiental. Essas queimadas não apenas pioram a qualidade do ar, classificada como regular a “ruim” devido ao impacto das queimadas, mas também representam um perigo imediato para a população. As autoridades estão em alerta máximo para prevenir e combater essas queimadas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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