Temperatura em Goiás pode chegar a 43ºC no mês de agosto

Temperatura em Goiás pode chegar a 43ºC no mês de agosto

Os próximos dias em Goiás prometem ser de muito calor. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), cidades goianas podem registrar 43ºC durante a segunda quinzena de agosto.

As regiões mais propensas a atingirem essa temperatura são o norte e oeste, em municípios como Porangatu, Aragarças, Minaçu e São Miguel do Araguaia.

Já a umidade anda na contramão da temperatura, e pode chegar ao nível de 12%. “No caso do nosso Cerrado, a umidade relativa do ar anda na contramão da temperatura. Quanto maior a temperatura, menor a umidade”, explicou o diretor da Cimehgo, André Amorim ao G1.

As temperaturas devem sofrer um aumento devido a influência do fenômeno El Ninõ, uma vez em que ele ‘’esquenta’’ as águas do Oceano Pacífico Equatorial. “Vai voltar a chover no sul do país e na parte centro-norte do país fica mais seco. O El Niño favorece uma área que estava muito ruim e desfavorece para nós, deixando mais seco”, completou.

O diretor pontua ainda que, devido ao aumento da temperatura e redução da umidade, a probabilidade de chuva no estado é remota, com uma pequena chance em parte do oeste e sul do estado.

Tempo nos próximos dias

Em relação a capital, a semana deve ser de bastante calor e se probabilidade de chuva, mantendo a umidade na casa dos 21%.

Nesta segunda-feira, 7, Goiânia deve registrar mínima de 16º e máxima de 34º, sem nuvens no céu e noite de tempo aberto. Já Aparecida de Goiânia e Senador Canedo mantém temperatura na mínima de 15ºC e máxima de 34ºC.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Desastres climáticos aumentam 250% no Brasil em quatro anos, revela estudo

O Brasil registrou um aumento de 250% nos desastres climáticos entre 2020 e 2023, comparado aos níveis da década de 1990, segundo um estudo conduzido pela Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, em parceria com a Unifesp, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Unesco e a Fundação Grupo Boticário. O levantamento utilizou dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) e analisou temperaturas médias do ar e da superfície oceânica ao longo dos últimos 32 anos.

Os pesquisadores apontaram que elevações de 0,1°C na temperatura global do ar resultaram, em média, em 360 novos desastres climáticos no Brasil. Para a superfície oceânica, o mesmo aumento de temperatura ocasionou 584 eventos extremos adicionais. Entre os dados apresentados, destacam-se os 16.306 desastres climáticos registrados entre 2020 e 2023, em contraste com os 6.523 eventos da década de 1990. Desde 1991, o Brasil acumulou 64.280 registros de desastres, afetando 92% dos municípios brasileiros.

Entre os eventos mais recorrentes estão as secas, que representaram 50% dos casos, seguidas por inundações e enchentes (27%) e tempestades (19%). Além disso, o aquecimento contínuo do oceano, que nos últimos 40 anos subiu cerca de 0,6°C, tem intensificado furacões, inundações e outros eventos extremos, como as secas no Centro-Oeste e as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024.

De acordo com o estudo, os prejuízos econômicos acumulados desde 1995 chegam a R$ 547,2 bilhões, com perdas de R$ 188,7 bilhões apenas entre 2020 e 2023. Projeções baseadas no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) indicam que, mesmo no cenário mais otimista, o Brasil poderá enfrentar o dobro de desastres climáticos registrados nas últimas três décadas até 2050. Já no pior cenário, com aquecimento global superior a 4°C, os números podem alcançar 600 mil ocorrências até 2100.

Os custos projetados variam entre R$ 1,61 trilhão, no cenário otimista, e R$ 8,2 trilhões no pessimista, ressaltando os impactos sociais e econômicos do aumento da temperatura global. Especialistas destacam a urgência de adotar medidas de resiliência e adaptação, como a recuperação de manguezais e dunas, para mitigar os danos e fortalecer comunidades vulneráveis.

A pesquisa também destacou que o aquecimento global contribui para desafios como a alta nos preços de alimentos e energia, escassez hídrica e aumento de doenças como a dengue, ressaltando a necessidade de ações coordenadas e globais para reduzir emissões de gases de efeito estufa e construir um futuro mais seguro.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp