Tempestade de areia assusta chineses

Acidade de Pequim, capital da China, amanheceu nesta quinta-feira (4) com níveis de poluição considerados perigosos pelas autoridades e com pouca visibilidade em sua atmosfera urbana, por conta de uma tempestade de areia que afeta a região, obrigando o cancelamento de diversos voos.

A tormenta, um fenômeno habitual no norte da China a cada primavera, devido à proximidade de desertos como o de Gobi, fez com que o nível de particulas PM10 (cerca de 10 mícrons de diâmetro) supere os 1 mil microgramas por metro cúbico, uma das concentrações mais altas do ano.

Também é alto, embora um pouco menor (mais de 500 microgramas por metro cúbico), o nível das menores partículas PM2.5, consideradas as mais nocivas para a saúde.

As autoridades de Pequim emitiram um alerta azul por conta da tempestade de areia, que atinge uma vasta região do norte do país, incluindo as regiões de Xinjiang e Mongólia Interior, nos extremos noroeste e norte do país.

De acordo com os meteorologistas, esta situação deve afetar a região até sexta (5).

Diante dos atuais níveis de contaminação, recomenda-se que grupos de risco como crianças e idosos não saiam de suas casas.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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