Uma tempestade solar “severa”, a maior em duas décadas, foi registrada na noite de sexta-feira, 9, desencadeando auroras boreais raras no Hemisfério Norte e auroras austrais no Hemisfério Sul neste final de semana. Há preocupações com possíveis interferências nas redes de energia e nos sistemas de comunicação via satélite, alerta a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
Pela primeira vez desde janeiro de 2005, a NOAA emitiu um aviso de tempestade geomagnética do tipo “severo”. O alerta, classificado como G4, é o segundo nível mais elevado em uma escala que chega até o G5, considerado “extremo”.
Na Argentina, a tempestade solar desencadeou uma aurora austral rara, visível em Ushuaia, no sul do país. O Serviço Meteorológico Nacional argentino na rede X/Twitter destacou que não é comum observar esse fenômeno tão ao norte do Polo Sul. No Chile, a aurora foi avistada na região de Los Lagos e na Patagônia chilena.
Na Europa, relatos em redes sociais mencionam auroras boreais em Budapeste, Hungria, Reix, Suíça, e Londres, Reino Unido. Também houve relatos no norte de Portugal.
Nos Estados Unidos, registros da aurora boreal foram visíveis no estado de Massachusetts.
A tempestade solar e as auroras boreais
A tempestade solar atual é causada por ejeções de massa coronal, que consistem em erupções de plasma e campos magnéticos provenientes da coroa solar, a camada mais externa do Sol. Uma das consequências desse fenômeno são as auroras boreais no Hemisfério Norte e auroras austrais no Hemisfério Sul.
As auroras boreais são fenômenos ópticos observados na Terra, quando o horizonte se ilumina com cores incomuns. Elas ocorrem quando partículas carregadas de luz e energia são lançadas em direção à Terra durante uma erupção solar. Essas partículas interagem com a atmosfera, produzindo luzes, principalmente nas cores verde e vermelha.