Temporada do Araguaia deve agitar comércio em lojas de pesca e camping

Conhecido como o “Natal” das lojas de artigos de pesca e camping, os meses de junho e julho costumam agitar o mercado  desse tipo de produto devido às vendas para a temporada do Rio Araguaia. A expectativa dos proprietários de estabelecimentos que comercializam os itens é que a quantidade média de venda aumente 30% em relação ao ano passado. Em 2023, o Governo de Goiás estima que o local receberá um milhão de turistas.

Para o empresário da Edemar Pesca, Edemar Guinatto, as vendas estão 70% melhores neste ano, se comparadas com o mesmo mês d de 2022. Segundo ele, os itens mais vendidos nesta pré-temporada foram caixas térmicas, barracas, copos térmicos, varas de pescar e carretilhas.

Os valores da loja de Edemar não sofreram reajustes e alguns artigos estão inclusive em promoção. Entretanto, os preços variam a depender do produto escolhido e marca. A barraca, por exemplo, pode ser encontrada no estabelecimento de R$ 100 a R$ 400, já a caixa térmica de R$ 250 a R$  1 mil. Dentre os itens mais procurados, os que mais sofrem variação nos valores são as carretilhas de pesca, que podem ir de R$ 250 até R$ 3 mil.

De acordo com Edemar, a temporada no Araguaia realmente dá um gás nas vendas. “Os nossos produtos são vendidos o ano todo, mas nesse período que antecede a temporada, a procura aumenta bastante”.

Produtos Importados

Já na loja Tuiuiú Pescador, o reajuste de preços depende do valor do dólar, uma vez que os produtos em sua maioria são importados, mas esse ano a variação foi favorável ao consumidor. Segundo o proprietário, os produtos mais vendidos nessa época são molinetes, carretilhas, varas, anzol e linha, ou seja, “o básico” para uma boa tarde de pescaria.

Alguns artigos podem ser encontrados pelo preço mínimo de R$ 4 e máximo de R$ 179, como é o caso dos anzóis, assim como podem ser achados com variação de R$ 189 a R$ 1.290, caso das carretilhas. As varas, por exemplo, podem ser adquiridas tanto por R$ 49,90 quanto por R$ 900.

Independente de valores, a expectativa dos funcionários da Tuiuiú Pescador é que as vendas sejam melhores neste ano. Eles afirmam que  o comércio no ano passado ainda estava afetado pela pandemia. O proprietário assume que a concorrência tem sido um desafio. “Aqui na loja os produtos de pesca saem mais porque para camping. a concorrência está maior. até supermercado tem barraca para vender e isso atrapalha”, diz.

Reajuste percentual

A loja Vila do Pescador – Caça, Pesca e Campíng, localizada no setor Leste Vila Nova, informou que os preços sofreram um reajuste entre 5 e 8%, mas que ainda assim esperam que as vendas aumentem até 20% em relação ao ano passado. “Devido a loja ser nova e estar com grande ganho de novos clientes nossa expectativa é esse crescimento. As vendas já tiveram um aumento considerável vendendo mais linhas, molinetes e camisas com proteção UV”, destacou um dos funcionários à reportagem do Diário do Estado.

Além de linhas, molinetes e camisas, os produtos mais procurados pelos turistas do Araguaia são os de pesca, como varas, anzóis, linhas e iscas artificiais.

Variação por marca

O proprietário da loja Tucunazul, Ricardo Prado, afirma que os preços sempre estão sendo ajustados, dependendo dos custos de aquisição das mercadorias. “Temos alguns produtos que foram ajustados para cima e outros para baixo, mas também temos aqueles que se mantiveram. Por exemplo, o anzol Marine Sports 4330 3 no ano passado custava R$ 14,50 nesse mesmo mês. Hoje, estou vendendo por R$ 14. Mas também temos os casos da vara telescópica Way Fishing Pentium 2,10m, que ano passado era R$ 28 e hoje R$ 33”, ressalta.

Sobre as razões para as variações em alguns produtos, Ricardo explica que diversos fatores podem influenciar. “Depende da sua origem ou da origem da matéria prima para produção do mesmo. Os importados se mantiveram ou reduziram e produtos que usam metais como matéria prima reajustaram”, detalha.

A expectativa do dono da Tucunazul é que as vendas subam 10%, mas que o mês de maio rendeu mais que o de junho. Ele analisa que esse fato inesperado se deve a chegada do frio.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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