Após uma recente aproximação com os Estados Unidos, a Rússia parece ter encontrado um novo inimigo número 1: o Reino Unido. Autoridades russas demonstraram irritação crescente com as movimentações do Reino Unido e com o premiê Keir Starmer. A expulsão de dois diplomatas britânicos em meio a uma briga de espionagem, juntamente com uma declaração incisiva do serviço de inteligência estrangeira da Rússia chamando o Reino Unido de “belicista”, agravaram as tensões entre os dois países.
Enquanto a administração de Donald Trump nos Estados Unidos buscava restabelecer laços com Moscou e intermediar a paz entre a Rússia e a Ucrânia, o Reino Unido recebeu o título de inimigo público n° 1 da Rússia, uma posição que historicamente ocupou ao longo dos últimos dois séculos. O serviço de inteligência estrangeira da Rússia emitiu uma declaração pública acusando Londres de agir como a principal “belicista” global e de tentar interferir nos esforços de Trump para mediar a paz na Ucrânia.
Além das críticas ao Reino Unido, Moscou também intensificou as críticas à União Europeia e ao presidente da França, Emmanuel Macron, cujos comentários sobre o arsenal nuclear francês como contraponto a uma suposta ameaça russa irritaram o Kremlin. A invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 desencadeou o maior e mais letal conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, resultando em um confronto agravado entre Moscou e o Ocidente.
Enquanto a Rússia criticava anteriormente os Estados Unidos por fornecer ajuda a Kiev durante a guerra, a mudança de postura com a administração Trump levou os britânicos a serem considerados como o principal inimigo de Moscou. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressou sua disposição em enviar tropas para a Ucrânia como parte de uma força de paz, o que irritou ainda mais os políticos russos. O aumento das hostilidades entre os dois países resultou em trocas de expulsões diplomáticas e acusações de espionagem.
O clima de hostilidade entre a Rússia e o Reino Unido remonta a eventos históricos, como a Guerra da Crimeia do século XIX, marcando uma relação conturbada ao longo dos anos. A retórica anti-britânica intensificou-se recentemente na Rússia, enquanto a mídia estatal mudava seu foco de críticas anti-EUA para críticas ao Reino Unido. Enquanto a economia russa enfrenta desafios após anos de guerra na Ucrânia, a Rússia busca recuperar ativos congelados no Reino Unido.
A liderança do Reino Unido na resposta à crise na Ucrânia, com apoio militar e diplomático, irritou profundamente a Rússia. Enquanto Moscou tenta retratar o Reino Unido como belicista e gerador de problemas, os britânicos continuam a apoiar a Ucrânia em seus esforços pela paz duradoura. À medida que a tensão entre os dois países aumenta, o futuro das relações bilaterais permanece incerto, com questões econômicas e estratégicas em jogo. Enquanto isso, o Reino Unido se mantém firme em sua posição de defesa da estabilidade na região.