O filme ‘Vatapá ou Maniçoba?’, co-produção com a Globo Filmes e a TV DE, estreia neste domingo (12), depois do Fantástico. O equilíbrio entre essas duas iguarias é a metáfora perfeita para uma relação vivida entre pai e filha. Com direção de Fernando Segtowick, roteiro de Lúcia Tupiassú e consultoria artística de Jorge Furtado, a produção contrasta entre o que pai e filha querem e traz uma Belém diferente, transitando por bairros que nem sempre são os protagonistas das produções.
Gravado inteiramente na capital paraense, a trama é interpretada pelos atores Adriano Barroso, Iza Moreira e Astrea. A história começa com a jovem Marcely, que acabou de se mudar para a casa do pai Jurandir e sua avó Ana. Ela precisa se adaptar à nova rotina enquanto ensaia para vencer sua primeira – e tão sonhada – batalha de MCs, ao mesmo tempo em que seu pai prepara tudo para que ela participe de um baile de debutantes.
Entre os desencontros dentro de casa e os duelos de rima na rua, ela descobre que numa família pode caber um pouco do gosto de cada um. De acordo com a roteirista Lúcia Tupiassú, a ideia é justamente trazer um conflito familiar que possa despertar a identificação de muitas pessoas de diferentes gerações, algo universal que pessoas do mundo inteiro vivem. Em busca de formas de celebrar a rica diversidade cultural paraense, a TV DE aposta em projetos para a sua grade que tenham esse compromisso com a região.
A produtora executiva Tayana Pinheiro, da Marahu Filmes, classifica “Vatapá ou Maniçoba?” como uma dramédia gostosa de assistir. “O filme traz de maneira muito potente a nossa regionalidade desde pequenos a grandes detalhes, o que qualquer paraense se identifica de cara e que as pessoas de fora também entendem, o que aumenta o alcance do público”, afirma. A trilha sonora do filme é um destaque à parte: a maioria dos paraenses vai identificar as famosas “marcantes” que o pai Jurandir adora escutar, em uma mistura com o hip hop que Marcely traz para dentro de casa.
A atriz Iza Moreira, de 24 anos, destaca esse aspecto do filme: “A gente aqui no Pará tem uma sonoridade que é extremamente presente, então é um destaque do nosso filme que fala sobre a nossa cultura musical”, pontua. Já o veterano Adriano Barroso exalta a qualidade técnica da produção paraense. “Não basta só ter uma história boa, como é o roteiro, é preciso saber contá-la e isso o público vai ver e, tenho certeza, que chamará atenção. O filme tem potência como uma história pessoal. É a reconciliação de pai e filha, uma história mundial”. Siga o canal do de Pará no WhatsApp.