Terremoto mata duas pessoas na Grécia e causa danos na Turquia

O terremoto que hoje (21) sacudiu a costa ocidental da Turquia e a ilha grega de Kos, durante a madrugada, causou um pequeno tsunami, que danificou embarcações no porto de Bodrum. O tremor de terra de magnitude 6,4 graus na escala Richter deixou pelo menos dois mortos e três feridos na ilha de Kos, na Grécia, informou o prefeito da região, Yorgos Kyritsis.

O observatório sismográfico de Kandilli confirmou que tinha sido registrada uma onda de quase meio metro no litoral de Bodrum, uma cidade turística com um porto recreativo, mas que não se esperavam mais movimentos marítimos, segundo o jornal Hürriyet. As informações são da agência de notícias EFE.

Algumas embarcações menores sofreram danos ou ficaram afundadas e cerca de 60 carros foram arrastados pela onda.

No geral, os estragos se limitaram às mercadorias de algumas lojas de cerâmica e mobília de bares, além de rachaduras em alguns prédios antigos, segundo a imprensa local. A governadora da província de Mugla, Esengül Civelek, confirmou que não houve vítimas.

Cerca de 80 pessoas precisaram de atendimento médico, mas as lesões, todas leves, foram causadas porque pularam da janela ou das varandas no momento do terremoto.

As informações são da Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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