Terremoto no Afeganistão deixa mais de 900 pessoas mortas

Um terremoto de magnitude 5,9 deixou pelo menos 920 pessoas mortas no leste do Afeganistão. O desastre natural ocorreu na madrugada desta quarta-feira, 22, segundo autoridades locais. Além das vítimas fatais, outras 600 pessoas ficaram feridas.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o tremor ocorreu a 10 km de profundidade, em uma área de difícil acesso perto da fronteira com o Paquistão. Ele foi sentido na capital Cabul e nos vizinhos índia e Paquistão.

Apesar do USGS, que monitora os tremores em tempo real no mundo, ter registrado magnitude 5,9, o Departamento Meteorológico do Paquistão afirmou que o tremor foi de magnitude 6,1. Em ambos os casos, a magnitude não é considerada muito alta. No entanto, a área atingida é extremamente montanhosa e com muitas aldeias em condições precárias, por isso, a quantidade de mortos.

O governo do Afeganistão pede ajuda para que não ocorra um “desastre humano”. De acordo com ele, várias casas foram destruídas e muitas pessoas estão presas nos destroços.

Casas destruídas pelo terremoto (Foto: Reprodução G1)

A maioria das mortes confirmadas ocorreu na província afegã oriental de Paktika, onde 255 pessoas foram mortas e mais de 200 ficaram feridas, disse Salahuddin Ayubi, funcionário do Ministério do Interior, ao G1.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp