‘Tá achando que isso é caridade?’ e ‘Amanhã estarão aí’: as ameaças que mulher recebeu de agiota antes de atentado
A vítima levou pelo menos 13 tiros e segue em estado grave. De acordo com a investigação da 33ª DP (Realengo), Diogo da Silva Marques, conhecido como Diogo Marley, é um agiota que, após semanas de ameaças, teria ordenado sua execução. Na delegacia, Diogo prestou depoimento e negou qualquer envolvimento no crime.
O marido da mulher vítima de uma tentativa de execução na última quarta-feira (20) em Sulacap mostrou à polícia as mensagens que ela recebeu de um agiota com cobranças e ameaças. A Polícia Civil afirma que esse agiota é Diogo da Silva Marques, o Diogo Marley, preso nesta sexta-feira (22) como mandante do atentado. A 33ª DP (Realengo) está investigando se Diogo também foi o responsável pelos disparos.
Nos diálogos apresentados, Diogo não apenas reforça a cobrança de juros, como também impõe prazos e ameaça enviar cobradores. O valor emprestado e quando o negócio foi feito ainda não são conhecidos, mas em uma etapa da cobrança, Diogo exige R$ 3 mil imediatamente e mais 10 parcelas de R$ 450, totalizando R$ 7,5 mil.
Uma das ameaças ocorreu no mês passado, quando Diogo escreveu: “Melhor você me pagar. Eu quero um bom dinheiro até segunda (14 de julho)”. Uma semana depois, o tom se torna mais agressivo: “Não vou mais ficar ouvindo história. Acabou essa situação! Não vou mais ficar mandando mensagens”. Na véspera do crime, a pressão aumenta e Diogo faz novas ameaças, cobrando o pagamento devidos juros.
No dia anterior ao crime, Diogo sugere que enviaria cobradores se o dinheiro não estivesse em sua conta até as 11h. O delegado Flavio Rodrigues afirmou que o agiota ameaçou a vítima repetidamente, especialmente na véspera do crime, alertando que ela receberia visitas se o pagamento não fosse efetuado. Na delegacia, Diogo negou ter participação no atentado.
Dessa forma, a prisão do Diogo Marley foi um passo importante na investigação do caso, que chocou a comunidade de Sulacap. É fundamental que casos de agiotagem e ameaças sejam tratados com rigor pela justiça, a fim de garantir a segurança e a integridade das vítimas desses crimes. A Polícia Civil continua trabalhando para esclarecer todos os detalhes desse terrível episódio. A população espera por justiça e por medidas que possam evitar situações semelhantes no futuro.