Teste de DNA desvenda mistério em torno de estátua de virgem maria que chora sangue

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Um teste de DNA recente resolveu o enigma das lágrimas de sangue de uma estátua da Virgem Maria em Trevignano, uma pequena cidade ao noroeste de Roma. A análise, realizada pela Universidade de Roma Tor Vergata, confirmou que o sangue encontrado na estátua pertence à Gisella Cardia, a vidente que organizava peregrinações ao local desde 2016. Cardia sempre afirmou que as lágrimas eram um fenômeno sobrenatural, ligado a aparições de Maria e Jesus.

As reuniões de oração lideradas por Cardia tornaram-se um ritual regular, com a figura da Virgem Maria no centro das atenções. No entanto, a Igreja Católica expressou ceticismo em relação ao fenômeno. Em março de 2024, o bispo da região proibiu atividades religiosas em Trevignano que pudessem sugerir reconhecimento oficial das aparições. A decisão foi apoiada pelo Vaticano, que declarou que o sangue da estátua não era um milagre.

Investigação do DNA

A investigação sobre o fenômeno está sendo conduzida pelo geneticista forense Emiliano Giardina. Os resultados da análise do DNA do líquido serão apresentados em fevereiro de 2025. Enquanto isso, Gisella Cardia enfrenta acusações de fraude e enriquecimento ilícito, com peregrinos exigindo devolução de doações feitas durante os eventos.

A defesa de Cardia, liderada pela advogada Solange Marchignoli, argumenta que o DNA encontrado pode ser um perfil misto, resultado do contato físico de Cardia com a estátua. A advogada enfatiza a necessidade de aguardar os resultados oficiais antes de concluir.

Apesar das investigações e declarações da Igreja, muitos fiéis continuam a acreditar na natureza milagrosa das lágrimas de sangue. Eles questionam a validade do teste genético como prova de fraude, argumentando que a ciência não pode capturar a essência do divino. Para esses devotos, a fé transcende explicações racionais e científicas.

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