Teste do suor modernizado no HU-UFJF agiliza diagnóstico da fibrose cística

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HU-UFJF moderniza teste do suor e acelera diagnóstico de doença rara; saiba como funciona exame

Exame é considerado padrão ouro para confirmar o diagnóstico da fibrose cística, uma doença que afeta principalmente os pulmões e o sistema digestivo. A automatização foi feita a partir de um investimento de R$ 207 mil.

O Hospital Universitário da UFJF adota novo exame para diagnóstico de fibrose cística

A pequena Esther e a família viajaram mais de 300 km de Careaçu, no sul de Minas, até o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF) para realizar o teste do suor, exame considerado o padrão ouro para diagnosticar a fibrose cística, doença genética rara. Esther foi encaminhada com urgência após o resultado do teste do pezinho dar inconclusivo para a doença.

Segundo a pneumologista pediátrica Marta Duarte, o teste do suor é o exame mais confiável para confirmar a fibrose cística, que causa a produção de secreções espessas nos pulmões e no sistema digestivo, provocando tosse crônica, infecções pulmonares frequentes, má absorção de nutrientes e inchaço abdominal.

Pessoas com fibrose cística perdem muito mais sal pelo suor. Às vezes, o sal chega a cristalizar na pele das crianças. Antigamente a doença era chamada de “doença do beijo salgado”. O teste pode ser feito em qualquer idade e, além do diagnóstico, também serve para monitorar, ao longo da vida, os níveis de sal no suor.

A modernização do teste no HU-UFJF foi um avanço significativo. Antes realizado de forma manual, o método agora conta com um equipamento chamado cloridrômetro, que trouxe mais precisão, rapidez e segurança ao exame. Com esse novo aparelho, o resultado é gerado com alta confiabilidade, de forma rápida e padronizada.

A automatização do exame representa um avanço no monitoramento da doença, auxiliando no acompanhamento da resposta ao tratamento com os novos medicamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos moduladores da CFTR corrigem a proteína defeituosa responsável pela doença, e o teste do suor torna-se uma ferramenta de controle terapêutico.

A fibrose cística, apesar de não ter cura, já não é considerada uma doença fatal na infância. Com diagnóstico precoce, acompanhamento multidisciplinar e novas terapias, a expectativa de vida dos pacientes pode ultrapassar os 60 anos. No HU-UFJF, os pacientes são acompanhados por uma equipe especializada, que integra o Centro de Referência em Fibrose Cística, parte do Serviço de Doenças Raras da instituição.

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