Teste Genético: Prevenção e Tratamento Personalizado do Câncer de Mama

Câncer de mama: O teste genético como ferramenta de prevenção

5% a 10% dos casos de câncer de mama são hereditários, e os testes genéticos
ajudam a direcionar a prevenção e personalizar o tratamento para essas pacientes

Diário do Estado Nos últimos anos, os avanços na genética revolucionaram a compreensão e o
tratamento do câncer de mama. O que antes era uma doença tratada com base em
critérios gerais, hoje pode ser combatida de forma mais precisa graças aos
testes genéticos, que permitem identificar mulheres com maior risco de
desenvolver a doença. Essa abordagem personalizada possibilita tratamentos mais
eficazes e, em muitos casos, a prevenção do câncer de mama. É o que explica a
médica oncogeneticista Miriam Melquiades.

De acordo com a Dra. Miriam, estima-se que de 5% a 10% dos casos de câncer de
mama sejam hereditários, causados por mutações genéticas herdadas. Para essas
mulheres, os testes genéticos oferecem informações valiosas que ajudam a traçar
estratégias de prevenção mais direcionadas e a definir opções de tratamento
personalizadas.

A Genética e Câncer de Mama

Embora a maioria dos casos de câncer de mama ocorra de maneira esporádica, uma
pequena parcela está diretamente ligada a mutações hereditárias em genes
específicos. Os mais conhecidos são os genes BRCA1 e BRCA2, mas outras mutações
em genes como TP53, CHEK2, PALB2 e PTEN também podem aumentar o risco de
desenvolver a doença.

Mulheres com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, por exemplo, têm um risco
significativamente maior de desenvolver câncer de mama, além de, em alguns
casos, câncer de ovário. O risco de uma mulher com mutação no BRCA1 desenvolver
câncer de mama ao longo da vida pode chegar a 72%, enquanto o risco de câncer de
ovário é de aproximadamente 44%.

Quem deve fazer o teste genético?

Os testes genéticos não são recomendados para todas as mulheres, mas existem
critérios bem definidos que ajudam a identificar quem pode se beneficiar dessa
ferramenta. Os principais fatores que indicam a necessidade de testes são:

* Histórico familiar forte: Vários parentes próximos com câncer de mama ou
ovário.
* Diagnóstico de câncer de mama em idade jovem: Especialmente antes dos 50
anos.
* Câncer de mama bilateral ou múltiplos cânceres: Mulheres que tiveram câncer
em ambas as mamas ou em mama e ovário.
* Ancestralidade Ashkenazi: Mulheres de origem judaica Ashkenazi apresentam
maior prevalência de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.
* Homens com câncer de mama: Casos de câncer de mama masculino estão
frequentemente associados a mutações genéticas.
* Histórico familiar de outros tipos de câncer: Mutações em BRCA também podem
aumentar o risco de câncer de próstata e pâncreas.

Como funciona o teste genético?

O teste genético é simples, feito a partir de uma amostra de sangue ou saliva,
que é enviada a um laboratório especializado. Os genes são analisados em busca
de mutações que podem aumentar o risco de câncer de mama. Antes de realizar o
teste, é fundamental uma consulta com um oncogeneticista para que a paciente
entenda as implicações dos possíveis resultados.

Possíveis resultados e seus significados

Os resultados do teste genético podem ser classificados em três categorias:

* Positivo: Indica a presença de uma mutação genética associada ao risco
elevado de câncer, como BRCA1 ou BRCA2. Nesse caso, o médico discutirá
medidas preventivas, como vigilância intensiva, cirurgias preventivas ou
terapias medicamentosas.
* Negativo: Ausência de mutações conhecidas, o que reduz a preocupação, mas não
elimina completamente o risco, especialmente se houver histórico familiar
significativo.
* Variante de significado incerto: Algumas mutações genéticas ainda não têm
seus efeitos completamente compreendidos, e essas variantes requerem
monitoramento contínuo.

Prevenção e tratamento baseados no teste genético

Para as mulheres com mutações patogênicas, várias medidas podem ser tomadas para
reduzir o risco de câncer ou detectá-lo precocemente:

* Vigilância intensiva: Exames frequentes, como mamografias e ressonâncias
magnéticas, além de consultas regulares com especialistas. Esses exames
geralmente começam entre 25 e 30 anos.
* Cirurgias preventivas: A mastectomia redutora de risco pode diminuir em até
95% a chance de desenvolvimento de câncer de mama, e a ooforectomia, cirurgia
de remoção dos ovários, reduz significativamente o risco de câncer de ovário.
* Terapia medicamentosa: Medicamentos como tamoxifeno e inibidores de aromatase
podem ser indicados para reduzir o risco em mulheres com mutações genéticas.

Além da prevenção, os testes genéticos também ajudam a orientar o tratamento de
mulheres já diagnosticadas com câncer. Pacientes com mutações em BRCA1 ou BRCA2,
por exemplo, podem se beneficiar de terapias específicas, como os inibidores de
PARP, que são eficazes contra células cancerígenas com defeitos no reparo do
DNA.

Conclusão

Os testes genéticos são uma ferramenta poderosa na luta contra o câncer de mama,
permitindo que mulheres de alto risco façam escolhas informadas sobre sua saúde.
Para quem tem histórico familiar ou foi diagnosticada precocemente, o teste
genético pode ser uma peça-chave tanto para a prevenção quanto para o tratamento
mais eficaz.

Se você está preocupada com seu risco de câncer de mama ou tem um histórico
familiar relevante, consulte um oncologista ou oncogeneticista para discutir se
o teste genético é a escolha certa para você. A genética pode oferecer respostas
importantes que ajudam a salvar vidas.

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Assalto em MG: Mulher arrancada do carro e deixada com uma almofada

‘Me deixaram só com uma almofada’ diz mulher que foi arrancada do carro após bandidos fazerem tocaia para assalto em MG

Segundo a vítima, que é técnica em enfermagem, todos os materiais de trabalho, além de celular, cartões de crédito e débito, documentos pessoais e do veículo foram levados pelos criminosos. O crime ocorreu na noite de segunda-feira (16) no Bairro Canaã, em Uberlândia, no Diário do Estado.

A mulher de 53 anos que teve o carro roubado na noite de segunda-feira (16) na Avenida Jerusalém, no Bairro Jardim Canaã, em Uberlândia, contou que foi deixada apenas com uma almofada após dois assaltantes levarem o carro.

> “Uso essa almofada porque ela me dá estabilidade para dirigir, por eu ser de menor estatura. Eles entraram e jogaram, assim como se fosse um lixo, junto comigo. Eu me senti muito humilhada, sobrou só eu e minha almofada mesmo”, contou Margarida de Jesus.

Uma câmera de monitoramento registrou a ação dos bandidos, que fugiram no veículo da vítima. Veja mais abaixo.

Margarida contou, ainda, que perdeu todos os materiais de trabalho, além de celular, cartões de crédito e débito, documentos pessoais e o veículo.

“Eu sou técnica em enfermagem, trabalho em dois serviços e dependo do carro para trabalhar. De um serviço para o outro, carrego mochila com cobertor, com colchonete. Levou tudo, crachá de serviço, carteira com todos os meus documentos”, disse.

Segundo a vítima, ela estava esperando a filha sair do trabalho em um supermercado.

“Fui buscar ela porque eu estava de folga. Cheguei, estacionei o carro ao lado do supermercado, fiz algumas compras e falei para minha filha que aguardaria. Voltei para o carro e assim que eu entrei os dois meliantes já me abordaram”, lembrou.

> “É só bandidagem, parece que eles mandam em tudo. A população está muito vulnerável, muito desprotegida. Até dentro das casas também. A gente fica, assim, sensibilizado, porque a gente trabalha tanto para conseguir e alguém vir e tirar, assim, em questão de segundo. Muito complicado.”

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VÍDEO: Mudança ‘brusca’ de faixa no trânsito vira briga generalizada

Bandidos fazem tocaia e arrancam mulher à força de carro durante roubo em Uberlândia

Ponto a ponto do vídeo
– A mulher estava dentro do carro quando os dois homens saíram de um matagal do outro lado da rua;
– Um deles correu até o veículo, abriu a porta e arrancou a motorista do carro;
– Em seguida, ele a empurrou para o meio da rua;
– O outro criminoso correu até o veículo e tentou entrar pela porta do passageiro, que estava trancada;
– Enquanto ele tentava entrar no carro, a mulher observava a cena do outro lado da rua;
– Em seguida, ela retornou para a calçada e saiu andando;
– Os criminosos fugiram com o veículo.

Até o momento, os suspeitos não foram identificados.

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