O vídeo que viralizou nas redes sociais mostrando TH, chefe do Terceiro Comando Puro (TCP) na Maré, dançando em um baile funk e pilotando um quadriciclo roubado chocou a população do Rio de Janeiro. As imagens publicadas por familiares após a sua morte durante uma operação do BOPE revelaram a vida de ostentação do traficante, que era procurado desde 2014. Essa exposição da rotina de luxo e extravagância do criminoso gerou indignação e questionamentos sobre a falta de controle e segurança nas comunidades dominadas pelo tráfico de drogas.
Nas homenagens póstumas a TH, é possível ver o traficante usando uma camisa vermelha e bermuda branca durante o Baile da Disney, evento que, segundo investigações, era utilizado como forma de lavagem de dinheiro do tráfico. O envolvimento de pessoas conhecidas do meio artístico e influenciadores nesse baile levantou debates sobre a relação entre o mundo do entretenimento e o crime organizado no Rio de Janeiro. A presença de figuras públicas nesse tipo de evento levanta ainda mais questões sobre a responsabilidade social e moral de quem se envolve com atividades ligadas ao tráfico.
Além das festas extravagantes, TH era responsável pelo financiamento do Baile da Disney, uma das celebrações mais conhecidas do tráfico na cidade. Realizado na Vila do João, o evento atraía multidões com shows de artistas populares e já teve a presença de influenciadores investigados por suposto envolvimento com o traficante. A exposição armada durante essas festas mostra o poder e a influência que os chefes do tráfico exercem sobre as comunidades vulneráveis do Rio de Janeiro.
A morte de TH durante um confronto com as autoridades policiais revela a realidade violenta e perigosa em que viviam não só os traficantes, mas também os moradores das áreas dominadas pelo crime organizado. Com um extenso histórico criminal, incluindo a participação em assassinatos de agentes das forças de segurança, o chefão do TCP na Maré era considerado um dos criminosos mais perigosos do estado. A sua morte representa um golpe importante contra a facção criminosa que atua na região.
O enterro de Thiago Folly no Cemitério da Penitência foi marcado por emoções intensas, incluindo desentendimentos entre a viúva e uma suposta amante do traficante. Essa situação expõe não só a complexidade das relações pessoais dentro do mundo do crime, mas também ressalta as dimensões sociais e emocionais envolvidas nesse ambiente. A presença de moradores da comunidade no enterro mostra como a influência dos chefes do tráfico se estende para além das atividades criminosas, cativando a população local de maneira complexa e contraditória.