TH Joias: Conheça as peças e clientes famosos do joalheiro preso por associação ao CV.

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Veja algumas das peças de TH Joias, preso por associação ao CV

Entre os clientes famosos estão artistas e jogadores de futebol. Peças são
exibidas por ele nas redes sociais.

TH Joias, conhecido por ter famosos como os clientes para sua marca de joias, o deputado
estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, exibia as peças personalizadas nas redes sociais. O parlamentar foi preso na manhã desta
quarta-feira (3)
[https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/09/03/pf-e-mprj-cumprem-mandados-nesta-quarta-feira.ghtml]por
tráfico, corrupção e lavagem de dinheiro.

Aos 36 anos, o parlamentar também é investigado por supostamente negociar armas
com o Comando Vermelho (CV).

“TH Joias apresenta um elegante par de alianças em ouro 18k, com design
cravejado que une sofisticação e estilo em cada detalhe”, afirma o texto que
apresenta um par de alianças.

Apenas em uma rede social, ele possui mais de 200 mil seguidores que acompanham
a exibição das peças, momentos da rotina e imagens da atuação como deputado.

TH costuma exibir os trabalhos para clientes famosos nas redes sociais. Entre
eles estão jogadores de futebol, como Vini Jr., Neymar e Adriano Imperador e
artistas como Ludmilla, Dennis DJ MC Poze do Rodo e L7nnon.

A história do joalheiro começou no Morro do Fubá,
[https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/09/03/quem-e-th-joias-deputado-alvo-de-operacao.ghtml]
na Zona Norte do Rio, onde nasceu. Lá, TH herdou o ofício de seu pai, Juberto.

Após as aulas, o menino ia para a loja da família em Madureira acompanhar o
trabalho do pai como ourives e como administrador do local. Aos 19 anos, o
caçula de cinco irmãos herdou o negócio e começou a vender joias.

Ao mesmo tempo em que deslanchava nos negócios, TH apoiava projetos no interior
das favelas e patrocinava festas como a do Dia das Crianças em Honório Gurgel.
Além disso, usava recursos próprios para financiar atletas e músicos em favelas.

O interesse pela política aconteceu ao conhecer o ex-policial Marcos Falcon,
presidente da Portela, que disputava uma vaga como vereador na Câmara do Rio.
Falcon foi assassinad
[https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/09/marcos-falcon-presidente-da-portela-e-assassinado-tiros-no-rio.html]o
dias antes da eleição de 2016.

Entre 2017 e 2018, foi preso após operação da Polícia Civil
[https://g1.globo.com/tudo-sobre/policia-civil/] do Rio de Janeiro
[https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/cidade/rio-de-janeiro/]. Passou 10 meses
na cadeia por suspeita de pagar propina a policiais e vender drogas e armas. Também anteciparia a traficantes de comunidades como
Muquiço, Vila Aliança, Serrinha e Complexo da Maré as operações policiais.

Nas investigações da Polícia Civil, TH é apontado como responsável por lavar
dinheiro para as facções Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro e Amigo dos
Amigos (ADA).

Essa proximidade com a política levou TH ao MDB. Na eleição de 2022, ele ganhou
15.105 votos. Ficou como suplente e conquistou a vaga na Alerj, em 2024 com o
falecimento de Otoni de Paula pai.

Como Rafael Picciani preferiu ficar na Secretaria Estadual de Esporte e Lazer,
abriu espaço para o deputado Thiego Santos, que tomou posse após obter um habeas
corpus em que garante que responda o processo em liberdade.

Em 2024, à Revista Veja, TH se defendeu: “Não tem trânsito em julgado, sou réu
primário, ficha limpa”.

Atualmente, o deputado presidente a Comissão de Defesa Civil da Alerj,
responsável por coordenar ações de prevenção a desastres nas cidades do RJ.

TH é alvo de duas operações simultâneas, de investigações convergentes. Uma
cumpre mandados expedidos pela Justiça Federal; outra, pelo Tribunal de Justiça
do RJ.

Pelo menos 18 pessoas são procuradas, entre elas TH. Um dos endereços de buscas
é a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Dois homens foram presos: um assessor de TH e um traficante.

Para o MPRJ, TH utilizou o mandato para favorecer o Comando Vermelho, inclusive
nomeando comparsas para cargos na Alerj.

A defesa de TH e a Alerj não tinham se manifestado até a última atualização
desta reportagem. Já o MDB determinou a expulsão do parlamentar dos quadros do
partido (leia abaixo).

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