A revista britânica The Economist avalia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria disputar a reeleição em 2026, destacando a idade avançada do político que completou 80 anos em outubro. Para a publicação, os brasileiros merecem opções melhores para o cargo máximo do país. O editorial ressalta que, apesar do talento político de Lula, é arriscado ter alguém tão idoso exercendo a função por mais quatro anos. A The Economist também aponta que o carisma não é suficiente para superar possíveis limitações cognitivas.
O paralelo traçado entre Lula e Joe Biden, ex-presidente dos Estados Unidos, é utilizado para reforçar o argumento. A revista destaca que Biden desistiu de concorrer à reeleição em 2024 e, posteriormente, Kamala Harris foi derrotada por Donald Trump. A publicação ressalta que Lula pode estar em melhor condição que Biden, mas já enfrentou problemas de saúde. Além disso, a economia brasileira é criticada, considerada com políticas econômicas medíocres pelo periódico.
O Economist sugere que Lula ‘poliria seu legado’ ao abrir mão da disputa pelo Planalto, permitindo uma competição mais ampla em busca de um novo líder de centro-esquerda. Em relação à corrida eleitoral de 2026, Flávio Bolsonaro é descrito como ‘impopular’ e ‘ineficaz’. Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é apontado como a figura mais proeminente da direita para enfrentar Lula.
A revista também destaca a solidez das instituições democráticas brasileiras em 2025, elogia o devido processo legal na condenação de Jair Bolsonaro e ressalta a importância de abandonar a polarização entre os governos Lula e Bolsonaro. A sugestão é buscar um candidato de centro-direita capaz de unir diferentes ideologias e governar com competência. O cenário eleitoral é descrito como incerto, com potencial para mudanças significativas no cenário político brasileiro.



