The Last of Us: A obra-prima pós-apocalíptica

The Last of Us deve ser a obra mais cara da história da televisão canadense. O orçamento total ultrapassará os 100 milhões de dólares.

O ano de 2013 foi excelente para os fãs de videogame. Jogos como “Grand Theft Auto V”, “Assassin’s Creed IV: Black Flag”, “Tomb Raider” e “Bioshock Infinite” abalaram as estruturas do gênero, com também “The Last Of Us, que tem chamado bastante atenção. Uma obra pós-apocalíptica recheada de criaturas semelhantes a zumbis e uma imersão fora do comum.

Competir com a franquia GTA não é algo fácil, mas The Last of Us conseguiu essa façanha. No British Academy Games Awards, D.I.C.E. Awards, Game Developers Choice Awards e SXSW Gaming Awards, “TLOU” desbancou GTA V, que saiu triunfante no Golden Joystick Awards e Spike Video Games Awards, entre as premiações principais. Mas como The Last of Us conseguiu tamanho sucesso? Qual é o charme do jogo?

Fungos, ação e drama

The Last of Us não é somente mais uma história pós-apocalíptica. O enredo acompanha os passos de Joel Miller, um carrancudo homem que sofre uma perda dura e, 20 anos depois, vive em quarentena após o mundo ter sido atingido por um fungo chamado Cordyceps, que transforma as pessoas em seres agressivos e violentos, em diferentes estágios de transformação. Em determinado momento, Joel deixa o isolamento e seu caminho se cruza com o de Ellie, uma garota de 14 anos que possui imunidade contra os fungos e pode ser a chave para a salvação do mundo.

O jogo vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo, se tornando um dos games mais vendidos da história. Foto: Reprodução/ Naughty Dog

Nos últimos anos, o mundo do entretenimento vem apostando muito em tramas pós-apocalípticas. No mesmo ano de 2013, estreou o filme “Guerra Mundial Z”, estrelado por Brad Pitt e dirigido por Marc Foster, que também aborda uma história de sobrevivência entre criaturas sedentas por sangue. O que diferencia The Last of Us de outros títulos do gênero é, primeiramente, a sua imersão. O jogo está longe de ser apenas uma matança de pretensos zumbis. Na realidade, ele possui um roteiro dramático ambientado em um local hostil.

Joel é um forte protagonista, bruto por conta das perdas que sofreu. A sua casca esconde uma personalidade sensível, a qual vai sendo descoberta aos poucos pelo jogador. O personagem é um homem comum, transformado pelas circunstâncias horríveis que precisou passar. Ellie segue uma lógica parecida, pois é uma adolescente que nunca teve a chance de ser inocente, de aproveitar as ingenuidades da infância. As personalidades dos dois, embora conflitantes, se encaixam perfeitamente ao longo dos acontecimentos.

O jogo faz com que sintamos cada parte dessas nuances. O desenvolvimento de personagens não apenas dos dois principais, mas também dos secundários, é invejável e faz com que aquele universo fictício pareça pulsante, real. Segundo o “Eurogamer”, o jogo começa seguro e termina corajoso; possui coração e bravura, e tudo se encaixa belamente. O site especializado, inclusive, deu nota máxima para o jogo, um sólido 10/10.

A gameplay também é incrivelmente divertida. O jogador tem a oportunidade de resolver os conflitos de forma sorrateira, assim como sair atirando para todo lado na tentativa de derrotar os inimigos, tanto os infectados quanto os humanos em condições normais. O estilo único de The Last of Us fez com que o jogo vendesse mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo, se tornando um dos games mais vendidos da história – isso considerando que ele é exclusivo do PlayStation, não aproveitando o mercado de PC e Xbox.

A sequência polêmica

Em 2014, um ano após o lançamento do primeiro jogo, a Naughty Dog tornou disponível uma DLC chamada “Left Behind”, e então começou a desenvolver “The Last of Us: Parte II”, que viria a estrear seis anos depois. O game sofreu bastante com críticas negativas antes mesmo de seu lançamento, devido à presença de personagens não-heterossexuais em postos de principais. No entanto, a crítica especializada aclamou o título, que se tornou o mais premiado da história com 340 prêmios de Melhor Jogo do Ano, segundo o NDGame.

O segundo jogo se passa cerca de cinco anos após o primeiro, com uma mudança importante na gameplay: agora, nós controlamos mais a Ellie do que o Joel. A trama envolve traições, sangue, diferentes perspectivas e muita imersão, culminando em uma das experiências mais intensas no mundo dos games. O enredo foge do padrão em diversas ocasiões, o que causou certas controvérsias entre alguns fãs.

A chegada da HBO

No final do ano passado, foi confirmada a informação de que a HBO transformaria a história de The Last of Us em uma série com dez episódios. Posteriormente, o ator Pedro Pascal, de “Narcos” e “The Mandalorian”, foi escalado como Joel, enquanto Bella Ramsey, de “Game of Thrones”, foi selecionada como Ellie. Gabriel Luna, de “Agents of S.H.I.E.L.D.”, viverá Tommy, o irmão mais novo de Joel.

A produção deve ser a mais cara da história da televisão canadense. De acordo com a emissora CTV News, o orçamento total ultrapassará os 100 milhões de dólares, o equivalente a cerca de R$ 520 milhões atualmente. O roteirista Neil Druckmann, presente também no jogo, participará do seriado ao lado de Craig Mizan, de “Chernobyl”. O argentino Gustavo Santaolalla, que possui duas estatuetas do Oscar de Melhor Trilha-Sonora pelos filmes “Brokeback Mountain” e “Babel” e compôs as músicas do jogo, também estará envolvido.

Na última segunda-feira (27), a HBO divulgou a primeira imagem oficial de Pedro Pascal e Bella Ramsey, aumentando a expectativa pela estreia da obra.

A série de The Last of Us ainda não tem data de lançamento definida, mas deve estrear no segundo semestre de 2022.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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