A primeira-ministra do Reino Unido, a conservadora Theresa May, não tem a intenção de renunciar, divulgou nesta sexta-feira (9) a emissora pública BBC. Ela perdeu, nas eleições de ontem (8), a maioria absoluta que mantinha na Câmara dos Comuns. A informação é da Agência EFE.
O Partido Conservador conseguiu 315 deputados nas eleições gerais, longe dos 326 necessários para ter maioria parlamentar, quando restam somente quatro das 650 circunscrições para divulgar os resultados oficiais.
Theresa May recebeu pressões para considerar sua renúncia, dentro do próprio partido, e o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, também pediu que ela deixe o governo.
No dia 18 de abril, a primeira-ministra convocou eleições antecipadas, quando as pesquisas previam fácil vitória dos conservadores. Durante a campanha eleitoral, no entanto, eles perderam parte dessa vantagem.
Em discurso após a confirmação da renovação de sua cadeira pela circunscrição de Maidenhead, no Sul da Inglaterra, May já sugeria a possibilidade de governar, apesar de não contar com maioria absoluta.
“Este país necessita de um período de estabilidade. Se o Partido Conservador conquistou a maior quantidade de cadeiras e votos, terá que assegurar essa estabilidade”, afirmou.
A deputada conservadora Anna Soubry pediu que May considerasse a possibilidade de deixar o governo. “É uma questão para ela. É ruim. Eu acredito que ela está em uma posição muito difícil e necessita considerar sua posição. Esta é uma noite terrível”, disse a deputada, que foi secretária de Pequenas Empresas e Indústria no governo de David Cameron, antecessor de Theresa May.
Com a falta de maioria absoluta na Câmara dos Comuns, o Partido Democrático Unionista do Ulster (DUP), que tem dez cadeiras das 18 da Irlanda do Norte, se mostrou aberto a negociar apoio aos conservadores.