Tia que agrediu criança após tocar campainha teve crise por falta de remédios, diz polícia

A mulher que foi filmada agredindo uma criança após a menina tocar uma campainha disse à polícia que “perdeu o controle” por falta de remédios psiquiátricos. De acordo com o Conselho Tutelar, a mulher é tia da garota e faz acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial.

O caso ocorreu na última quarta-feira, 17, em Anápolis, a 55km de Goiânia. Em entrevista ao Portal 6, a delegada Aline Lopes, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Anápolis, explicou que a tia não costuma a agredir a sobrinha e que ela estava sem medicação há mais de 30 dias por falta de dinheiro.

“Aparentemente, o que teria ocorrido foi um momento de descontrole. A mulher alegou que precisa tomar remédios controlados, mas que estaria sem, por serem muito caros. Então, naquele momento ela perdeu a cabeça”, informou a titular da DPCA.

Além disso, a tia informou que é a única parente que pode cuidar da criança. Isso porque a mãe da menina havia falecido e o pai dela cometia violências contra ela, o que motivou na perda da guarda legal. Por estes motivos, a criança era acompanhada pelo Conselho Tutelar, que não possui queixas contra a tia.

A delegada explicou que, ainda assim, a tia será investigada e há um inquérito policial em aberto para apurar as circunstâncias das agressões praticadas pela mulher. A titular destacou ainda que, apesar da agressão, a criança não possuía sinais de maus-tratos ou marcas de violência no corpo. No entanto, caso condenada, a mulher pode pegar até três anos de prisão por lesão corporal.

“Vamos procurar as melhores medidas para evitar que essas agressões se repitam e ela será acompanhada de perto pelos conselheiros. Mas no momento, o entendimento é de que retirar a garotinha da tia seria um trauma ainda maior”, disse Aline.

A polícia informou que estão sendo feitas diligências para que a tia, que vive em situação de vulnerabilidade social, possa ter acesso aos remédios que precisa.

Relembre o caso

Uma mulher foi filmada dando tapas, chutes e batendo a cabeça de uma criança no asfalto em Anápolis, na região central goiana. As agressões foram filmadas por câmeras de segurança, que mostram quando a menina tocou uma campainha vizinha e acabou sendo agredida pela mulher.

Nas imagens é possível ver o momento em que a menina, acompanhada de outras duas crianças, tocam a campainha de uma casa e saem correndo. Na sequência, a mulher aparece e dá um tapa na criança. As agressões continuam até que a mulher puxa a criança com força e passa a bater a cabeça dela no chão, dando uma série de chutes e pontapés em seguida. Toda a cena foi assistida por outra criança.

A situação ocorreu na noite da última quarta-feira, 17, no bairro São Lourenço. O nome da mulher não foi divulgado, mas um boletim de ocorrência foi registrado. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) e acompanhado pelo Conselho Tutelar.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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