Dezessete pessoas morreram em um tiroteio na última quarta-feira (14), em uma escola de Parkland, na Flórida. O atirador foi identificado como Nikolas Cruz, 19 anos, um ex-aluno da Stoneman Douglas High School. O suspeito foi levado ao hospital, sob custódia da polícia, junto com mais 14 feridos.
O jornal “Miami Herald” conversou com professores e alunos que conhecem Cruz e dizem que ele era considerado uma pessoa problemática, que ameaçava colegas e não tinha autorização para entrar no prédio portando mochilas. Segundo o professor de matemática Jim Gard, o jovem chegou a receber uma solicitação para deixar o local no ano passado. Cruz portava um rifle AR-15 e agiu sozinho.
A escola está isolada e um hotel próximo a ela foi usado como ponto de encontro entre os pais e alunos. Além disso, um esquadrão anti-bombas está vasculhando a escola por precaução.
O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, postou em sua conta do Twitter sobre o acontecimento. “Minhas orações e condolências aos familiares das vítimas do tiroteio na Flórida. Nenhuma criança, professor ou qualquer outra pessoa jamais deveria se sentir insegura em uma escola americana”, escreveu.
My prayers and condolences to the families of the victims of the terrible Florida shooting. No child, teacher or anyone else should ever feel unsafe in an American school.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) February 14, 2018
Após o acontecimento, discussões e questionamentos foram levantadas acerca da política americana de armas. A estudante brasileira Kemily dos Santos, 16 anos, relatou à BBC Brasil o acontecimento e o que mudou após o fato acontecido na escola que estuda. “Eu nunca tinha prestado atenção em gun control (controle de armas), achava que não tinha a ver comigo. Mas, agora que bateu na minha escola e aconteceu comigo, a gente vê de um jeito diferente. Esse menino provavelmente não tinha idade para ter uma arma. Depois soubemos que ele foi expulso da escola porque encontraram balas na mochila dele. Eu não era antes contra o controle. Nem contra nem a favor. Agora eu acho que tem que ser mais regulado”, contou.