Tiroteio na Barra da Tijuca: execução de médicos pode ter sido engano

Os três médicos que foram executados em um tiroteio ocorrido na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, podem ter morrido por engano. É o que aponta a principal linha de investigação da polícia. Um quarto homem encontra-se hospitalizado. As vítimas eram de São Paulo e estavam hospedadas no Hotel Windsor da Avenida Lúcio Costa, onde participavam do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.

Segundo informações obtidas pela TV Globo, o verdadeiro alvo do ataque seria um filho de um miliciano da região de Jacarepaguá, que possuía características físicas semelhantes a um dos médicos presentes no local. Entretanto, outras linhas de investigação ainda estão sendo exploradas pela Delegacia de Homicídios.

Os investigadores acreditam que o crime não foi planejado com antecedência, sugerindo que os criminosos receberam informações sobre a suposta vítima e decidiram agir imediatamente. Isso é sustentado pelo fato de um dos assassinos estar vestindo bermuda, o que é incomum em casos de execuções planejadas, enquanto os outros estavam de camisas e calças escuras, sem cobrir seus rostos.

O Departamento de Homicídios da Polícia Civil já mobilizou equipes para a investigação, com o objetivo de reconstituir o trajeto do veículo utilizado no crime. A polícia acredita que se trata de uma execução, já que nada foi roubado no local, e os criminosos chegaram disparando sem proferir palavras. Testemunhas relataram que os bandidos não se comunicaram verbalmente durante o ataque.

Capturado por câmeras de segurança mostraram o momento em que três criminosos saem de um carro na Avenida Lúcio Costa, durante a madrugada de quinta-feira, e atacam os médicos em um quiosque. O vídeo revela que o crime ocorreu às 0h59 e durou menos de 30 segundos. assim que o veículo encosta na pista ao lado da ciclovia, os criminosos descem, correm na direção das vítimas e efetuam pelo menos 33 disparos. Os homens chegaram a fazer uma selfie antes de serem mortos.

Quem eram?

Diego Ralf Bomfim, 35 anos, um dos médicos mortos, era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do também deputado federal psolista Glauber Braga (RJ). As autoridades ainda não confirmaram se o crime tem motivações políticas.

Além de Diego, os outros dois médicos mortos foram identificados como Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, e Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos. O sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, foi levado para o hospital com ferimentos, mas seu estado é estável.

Os deputados Sâmia Bomfim e Glauber Braga divulgaram uma nota conjunta em que expressam sua devastação pelo assassinato de Diego Ralf Bomfim e pedem uma investigação profunda para esclarecer as motivações do crime. O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal acompanhe a investigação devido à proximidade de uma das vítimas com a parlamentar.

Leia abaixo a íntegra da nota:

Hoje acordamos com a notícia estarrecedora do assassinato de Diego Ralf Bomfim, irmão da companheira e deputada federal Sâmia Bomfim, e mais dois médicos que estavam com ele, Marcos de Andrade Consato e Perseu Ribeiro Almeida. Nos solidarizamos com todos os familiares de todas as vítimas desse crime bárbaro.

Queremos agradecer todas as mensagens de solidariedade e apoio, que vieram de todos os lugares. Evidentemente, Sâmia está devastada nesse momento terrível de perda e dor, assim como o seu companheiro Glauber Braga, que a acompanha neste momento.

Pelas imagens divulgadas pela imprensa, tudo indica que se trata de uma execução. Exigimos imediata e profunda investigação para descobrir as motivações do crime, assim como a identificação e prisão dos executores.

Já pedimos ao ministro da Justiça, Flávio Dino, o acompanhamento do caso pela Polícia Federal e estamos formalizando a solicitação com o ministério.

Fernanda Melchionna,
delegada por Sâmia Bomfim e Glauber Braga

 

 

 

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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