OPINIÃO: Ao dizer “não”, Tite reforça a importância da saúde mental no futebol e no mundo de hoje.

Ao recusar o Corinthians por motivos de saúde mental, o treinador Tite jogou luz sobre um tema tão importante nos últimos anos. O técnico surpreendeu ao tomar a decisão nesta terça-feira (22), destacando a relevância da saúde em sua escolha.

Não se trata apenas de uma questão física, como ocorreu com outros profissionais do esporte no passado. O que levou Tite a recusar a proposta foi uma crise de ansiedade que ele enfrentou, mostrando a sensibilidade de tratar da saúde mental de forma prioritária.

Essa atitude reforça um movimento crescente no esporte, onde atletas e profissionais têm buscado romper o silêncio em torno da saúde mental. Casos como o da ginasta Simone Biles, que se retirou das Olimpíadas de Tóquio em 2021 para cuidar de sua saúde mental, têm sido exemplos inspiradores.

No futebol, figuras como o ex-atacante Nilmar têm se manifestado sobre lutas contra a depressão, abrindo caminho para uma discussão mais aberta e acolhedora sobre o tema. Outros nomes importantes do esporte, como Thiago Ribeiro, Richarlison e Diego Rosa, também têm compartilhado suas experiências.

A pressão por desempenho constante no mundo atual tem levado cada vez mais pessoas a lidarem com o esgotamento físico, emocional e cognitivo. A cobrança virtual e a constante exposição nas redes sociais têm contribuído para um ambiente de pressão insalubre, tanto dentro como fora dos campos.

Ao recusar a proposta do Corinthians e cuidar de sua saúde mental, Tite destaca a importância de reconhecer e respeitar os próprios limites. Esse gesto representa um convite para uma reflexão mais humanizada sobre o esporte, a vida e a saúde dos profissionais envolvidos, promovendo um ambiente mais acolhedor e empático.