Última atualização 14/01/2023 | 15:07
Em medida preventiva, mais uma apuração foi aberta para investigar a participação de servidor estadual em atos antidemocráticos. Um depositário judicial não desempenhará atividades na comarca do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) em Corumbá, onde está lotado, até o esclarecimento do caso. Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil e analisa o envolvimento do homem com o movimento golpista em caráter sigiloso, por isso ele não teve a identidade revelada.
“O servidor foi afastado por 30 dias úteis, até que se apure o caso”, informou o juiz Marcos Boechat Lopes Filho.
A medida atende à determinação de força-tarefa pelo governador Ronaldo Caiado e á nota de repúdio do Poder Judiciário assinada pelo presidente do TJGO, desembargador Carlos França. “Esses atos, que atentam contra o Estado Democrático de Direito, a ordem constitucional e a segurança pública, devem ser devidamente apurados e os seus responsáveis exemplarmente punidos, restaurando-se a legalidade e a paz social”, aponta o documento do Tribunal.
O magistrado nomeou três servidoras públicas efetivas para integrarem a comissão processante e conduzirem a sindicância. Elas devem assegurar a formalidade, a discricionariedade e o sigilo necessários à elucidação dos fatos ou exigidos pelo interesse da administração. Durante o período de afastamento do servidor investigado este deverá manter seu endereço atualizado e fica proibido de ingressar nas dependências do fórum local sem prévia autorização.
Nenhum goiano foi preso, mas servidores públicos identificados nos atos antidemocráticos estão sendo afastados e/ou demitidos. As denúncias serão acompanhadas pela Controladoria-Geral do Estado (CGE). Em alguns casos, os próprios envolvidos publicaram fotos e vídeos na internet antes e durante à invasão dos prédios sede dos Três Poderes em atos antidemocráicos na Esplanada dos Ministérios no último domingo, 08.
Um dos golpistas identificado apareceu em uma matéria inédita do Diário do Estado. Elias Bento era assessor do gabinete do deputado estadual coronel Adailton. Ele foi exonerado na quarta-feira, 11. Na semana passada, a servidora da Secretaria Estadual de Educação na cidade de Goiás, Márcia Angelina de Jesus, também teve o contrato encerrado.
Integrantes das polícias goiana foram alvo de medidas administrativas por suspeita de envolvimento nos atos antidemocráticos. O sargento Silvério Santos e também um servidor de carreira e dois estagiários da Civil foram afastados. O caso de cada um está sendo apurado internamente.
