TJGO suspendeu a eleição ao diretório estadual do MDB

O desembargador Itamar de Lima, do Tribunal de Justiça de Goiás, concedeu liminar solicitada pelo deputado estadual Paulo Cezar Martins e determinou a suspensão da eleição ao diretório estadual do MDB, marcada para a tarde desta sexta-feira (18).

O atual presidente, Daniel Vilela, era candidato único. O dirigente afirmou que haverá decisão na próxima semana se um novo edital será aberto ou se fica suspensa a eleição, já que o diretório tem mandato até fevereiro do ano que vem.

Daniel Vilela afirmou, nesta sexta, que a definição do MDB para compor uma chapa majoritária ou formar uma aliança para as eleições do ano que vem pode ocorrer no próximo semestre. “O desejo da maioria dos líderes é que vai definir. Iremos fazer isso, faz parte da tradição, tomar decisões calcados com a maioria”, enfatizou.

Daniel também não pretende mais ficar sem cargo. Em 2018, ele disputou o governo de Goiás e, desde então, não ocupa vagas eletivas. Desta forma, ele garante: “Serei candidato, ainda não sei a que. Conversarei com o partido para ver o que podemos representar, no ano que vem.”

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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