Tocofobia: entenda o medo excessivo de engravidar

Para as mulheres que não tem em mente uma gravidez em seus planos, a ideia de gerar outra vida pode ser um tanto assustadora. A chamada tocofobia é a preocupação exagerada com uma possível gestação e é muito mais comum do que se imagina.

Segundo um estudo americano 62% do público feminino sofre com o transtorno. Aproximadamente 1.800 entrevistas foram concedidas a revista Evolution, Medicine e Public Health durante a pandemia da Covid-19 e mostraram que o medo irracional da maternidade gera altos níveis de ansiedade com o parto.

Alguns dos sintomas da tocofobia são o aumento do consumo das pílulas do dia seguinte, sexo apenas com preservativos, fazer vários testes de gravidez, crises de pânico ou até mesmo ficar por meses sem transar.

Em casos mais intensos algumas mulheres apresentam aumento na pressão arterial, tremores e suor frio. Elas também podem acreditar que estão realmente gravidas logo depois de uma relação sexual.

Classificada em dois tipos

Informações do portal o Globo apresentaram a tocofobia em dois níveis:

Tocofobia Primária

Ocorre em mulheres que nunca engravidaram e pode ser quase imperceptível para quem a tem.

Tocofobia Secundária

Se manifesta após um evento traumático durante a gravidez ou parto, como trabalho de parto difícil ou natimorto.

Tratamento

De acordo com informações divulgadas no portal Tua Saúde é muito importante que as mulheres que convivem com esse medo façam acompanhamento psicológico para que seja realizado um diagnóstico com recomendações para melhorar a qualidade de vida, uma vez que a tocofobia pode gerar depressão e ansiedade.

O Tua Saúde ainda alerta que para as mulheres com sintomas leves é indicado sessões de psicoterapia regularmente. Porém, há casos em que pode ser necessária uma consulta psiquiátrica  para a recomendação de medicamentos que ajudem a controlar a fobia.

Se a mulher estiver grávida, uma cesárea para evitar a dor pode ser uma alternativa para tranquilizá-la durante do parto.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp