Torcedor do São Paulo se tranca no banheiro para assistir semifinal da Copa do Brasil

O torcedor do São Paulo, Bruno Zanchi, tomou uma atitude inusitada para assistir ao duelo entre o tricolor paulista e o Corinthians, na semifinal da Copa do Brasil, que aconteceu no estádio Morumbi. O jogo da terça-feira, 15, terminou em vitória para o São Paulo, superando a desvantagem do jogo de ida, e agora enfrentará o Flamengo na final do campeonato.

No TikTok, o torcedor relatou a trajetória até chegar ao grande jogo. Segundo ele, não conseguiu ingresso pela internet e chegou a ir até a Casa Independente para comprar a entrada pessoalmente, mas após uma espera de seis horas, também não teve sucesso. Ele contou ainda que os ingressos vendidos vitualmente esgotaram porque foram adquiridos por sócios-torcedores.

“Depois de ficar seis horas na fila, os ingressos esgotaram, e o desespero bateu. Eis que tive a brilhante ideia de chegar às 10 da manhã no estádio e me trancar no banheiro”, contou.

No vídeo, o torcedor mostra mensagens que enviou para os amigos quando decidiu se esconder no banheiro do estádio. “Estou no banheiro da arq laranja. 17h30 eu saio da toca, após a abertura dos portões”, escreveu. Em seguida, os amigos dão risada e duvidam da decisão.

“Eles não acreditaram, mas lá fui eu ficar trancado oito horas, sem fazer absolutamente nada, olhando para o teto, sem comida ou bebida, e ansioso para que nenhum segurança me visse e começasse logo o jogo”, disse.

Nas mensagens, o torcedor ainda afirmou que já tinha uma desculpa para caso fosse pego pelos seguranças. “Se me pegarem a desculpa já está pronta, mas é isso, vai dar bom. […] carteirinha está na mão. Vim dar um role, sou sócio e deu dor de barriga”, relatou.

Em um outro print, às 17h42 ele afirmou que achava que os portões estavam abertos devido ao barulho. “Acho que já abriu, maior barulho. Geral no banheiro, só que tô com medo”, falou. O amigo com que ele conversava alertou que era melhor não arriscou, então ele decidiu sair apenas 18h.

O torcedor celebrou a vitória do tricolor. “A classificação veio e uma história que vou poder contar para os meus filhos e netos daqui a uns anos”, comemorou.

Veja o vídeo:

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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