Torcedores de Fortaleza e Ceará presos após briga marcaram confronto pelas redes sociais, determinando até a cor da camisa dos membros para evitar confusões com seus rivais. A situação ocorreu na Avenida Osório de Paiva, antes do jogo entre os times do Ceará e Fortaleza, na última semana. Mais de 100 indivíduos foram detidos, com 82 deles autuados por diversos crimes, como desobediência, corrupção de menores e resistência.
Durante a marcação do confronto pelas redes sociais, as torcidas informaram a cor da camisa que os membros deveriam usar. O Bonde dos Hooligans (BDH), torcida organizada do Fortaleza, optou por camisetas brancas, enquanto os integrantes da Torcida Organizada do Ceará (TOC) escolheram camisetas pretas. No momento do confronto, próximo à Arena Castelão, os membros das organizadas se agrediram com pedras, pedaços de madeira, rojões e artefatos explosivos conhecidos como “cabeça de nego”.
Após a chegada da Polícia Militar para conter a situação, os integrantes da TOC empreenderam fuga, enquanto os da BDH lançaram pedras, pneus e artefatos explosivos contra os agentes. Um tenente foi ferido no braço durante o ataque e precisou de atendimento médico. Entre os detidos, estão figuras conhecidas, como representantes das torcidas organizadas e até indivíduos de outras cidades, o que motivou a Polícia Civil a investigar possíveis conexões com grupos de outros estados.
Além dos confrontos entre torcedores de Fortaleza e Ceará, brigas entre as torcidas são recorrentes, principalmente nos dias de jogos entre os clubes. A reação das autoridades e dos clubes frente a esses episódios inclui medidas como a instalação de câmeras de identificação facial nos estádios, a fim de identificar todos os torcedores antes de sua entrada, desestimulando a presença de pessoas envolvidas em incidentes.
A Guarda Municipal de Fortaleza apreendeu seis artefatos explosivos no Terminal do Antônio Bezerra antes e depois do jogo de futebol, reforçando a gravidade da situação. Com isso, ações para coibir esse tipo de conduta se tornam ainda mais essenciais. O confronto entre torcedores é um problema sério que afeta a segurança de todos e demanda uma resposta assertiva das autoridades, visando coibir futuros episódios de violência entre as torcidas dos times DE e Ceará.