Torcedores do Coritiba protestam contra gestão da Treecorp em São Paulo: “É a pior SAF do Brasil”
A crise que se arrasta desde 2024 na campanha do clube é o principal motivo da revolta.
Com faixas e gritos de protesto, a torcida do Coritiba se manifestou contra a SAF em São Paulo [https://s02.video.glbimg.com/x240/13455761.jpg].
A insatisfação da torcida do Coritiba [https://ge.globoesporte.globo.com/pr/futebol/times/coritiba/] com a gestão da Treecorp, empresa que controla a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, atingiu um novo patamar nesta terça-feira, com um protesto em frente à sede da empresa em São Paulo.
Cerca de 150 torcedores bloquearam a Avenida Faria Lima, um dos principais centros financeiros do país, com faixas, sinalizadores e gritos, causando transtornos no trânsito e chamando a atenção para a crise no clube.
Os principais alvos dos protestos foram Bruno D’Ancona, sócio da Treecorp, André Campestrini, diretor financeiro, e o empresário Roberto Justus, sócio e conselheiro da empresa. A torcida cobra a gestão sobre os resultados ruins acumulados desde que a SAF assumiu o comando do futebol do Coritiba.
A eliminação precoce na Copa do Brasil em 2024 e 2025, e a pior campanha na Série B do Campeonato Brasileiro no ano passado são os principais motivos da revolta dos torcedores.
A insatisfação já havia se manifestado em outros momentos, como no amistoso contra o Santos, quando um drone sobrevoou o estádio Couto Pereira com uma faixa de “procurado” com o rosto de Bruno D’Ancona, e faixas com mensagens como “SAF de Mendigo” e “Fora Treecorp”.
Os protestos se estenderam também para outras empresas ligadas à Treecorp, incluindo patrocinadores do clube, com faixas que exigiam a saída da empresa. A torcida pede mudanças na gestão do clube, buscando reverter o momento negativo e resgatar o desempenho do Coritiba.
A Treecorp adquiriu 90% da SAF do Coritiba. O acordo foi concretizado no mês de agosto do ano passado. A empresa se comprometeu a investir R$ 1,1 bilhão em um período de 10 anos. Os outros 10% ficam sob responsabilidade da Associação.
A empresa é comandada por três sócios-diretores: Filipe Lomonaco, Bruno D’Ancona e Danilo Soares. Participa de seu conselho consultivo, também como sócio minoritário, o empresário Roberto Justus.
A Treecorp atua com o que o mercado financeiro chama de private equity, ou seja, investimentos em empresas consolidadas. O foco costuma estar em negócios que possuem potencial de crescimento. No portfólio, estão empresas dos ramos de varejo, saúde, tecnologia e serviços financeiros.