Tornado no Paraná deixa idoso desabrigado: ‘É o que sobrou pra nós, roupas e documento’

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Idoso chora ao contar que perdeu tudo em tornado no Paraná: ‘É o que sobrou pra nós, roupas e documento’

Gilberto Brecailo se abrigou em banheiro com a esposa durante a tempestade. Quando eles saíram, viram que o tornado destruiu a casa e a oficina mecânica da família.

‘É o que sobrou pra nós. As roupas e documento’, diz afetado por tornado no PR

‘É o que sobrou pra nós. As roupas e documento’, diz afetado por tornado no PR

Gilberto Brecailo, morador de Rio Bonito do Iguaçu, no centro-sul do Paraná, chorou ao contar que perdeu tudo durante o tornado que destruiu 90% da cidade nesta sexta-feira (7).

Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o idoso se emocionou ao explicar que durante a tempestade se abrigou com a esposa no banheiro de casa, e, quando saiu, descobriu que tanto a residência, quanto a oficina mecânica da família tinham sido destruídas.

> “Não tem muito o que fazer. […] É o que sobrou pra nós: roupas e documento. […] Eu tinha meu ganha pão aqui e agora não tenho mais”, afirmou.

Gilberto Brecailo deu entrevista à RPC — Foto: RPC
Na região, seis pessoas morreram e pelo menos 750 ficaram feridas, segundo o Governo do Estado. Cinco mortes aconteceram em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava. O governo do estado decretou luto oficial de três dias em memória às vítimas.

Não há nenhuma notificação de desaparecidos.

Levantamento divulgado no fim da tarde de sábado (8) pela Defesa Civil aponta que o tornado deixou ao menos 1.000 pessoas desalojadas e cerca de 28 desabrigadas em Rio Bonito do Iguaçu.

Em toda a região, são 14,6 mil pessoas afetadas diretamente, com 672 casas danificadas – e os números ainda não contabilizam as casas da cidade mais afetada pelo temporal.

Uma moradora da região falou à TV Globo e descreveu o cenário de devastação que encontrou na cidade.

> “Na entrada da cidade já havia sinais muito claros de que algo muito horrível aconteceu. Conforme a gente foi entrando, foi ficando mais caótico. Cenário de guerra mesmo. Carro capotado, árvore no meio da rua.”

O professor de judô Marcelo Gomes dava aulas de judô para crianças num ginásio de um centro cultural quando tudo aconteceu.

> “O pai de um aluno foi fechar a porta e já veio correndo. E percebi que uma porta de segurança começou a balançar demais, reuni as crianças e levei para um espaço mais seguro. Quando fechei a porta, veio aquele bafo de poeira, terra, lama. Nos abraçamos dentro do banheiro e começamos a rezar. Quando eu abri a porta, o centro cultural todo tinha vindo abaixo. Um espaço gigante, estava tudo no chão.”

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