Trabalhador que sobreviveu a corte de corda enquanto limpava fachada de prédio
em Curitiba morre em acidente
Em 2024, Mayk Ribeiro quase despencou do sexto andar de prédio na capital após
morador cortar corda a que ele estava preso. Um ano após o caso, Mayk morreu em
batida no trânsito.
Trabalhador que sobreviveu a corte de corda enquanto limpava fachada de prédio
morre
O trabalhador Mayk Gustavo Ribeiro da Silva, que repercutiu nacionalmente em
2024 após ter a corda a que estava amarrado cortada durante a limpeza de um
prédio de Curitiba, morreu em um
acidente de moto na capital paranaense.
A batida foi bairro Pinheirinho, na quinta-feira (19), de acordo com a advogada
de Mayk, Herliane Marmitt.
Segundo o registro de ocorrência da Polícia Militar (PM-PR), não foi possível
identificar no local da batida as causas do acidente de Mayk, que estava sozinho
quando se acidentou. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O
trabalhador tinha 29 anos.
O corpo dele foi encaminhado à Polícia Científica. O velório será no sábado
(21), no Cemitério Municipal de Itanhaém, em São Paulo.
O CASO DA CORDA
Morador é preso após cortar corda que segurava trabalhador que limpava fachada
de prédio
Em 14 de março de 2024, Mayk realizava a limpeza da fachada do 6º andar
de um edifício no bairro Água Verde, preso a uma corda amarrada no topo do
prédio.
Durante o trabalho, o morador Raul Ferreira Pelegri,
que vivia na cobertura, no 27º andar, cortou a corda com uma faca. A queda só
foi evitada graças a um equipamento de segurança chamado trava-quedas, segundo o
Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou à época.
Na ocasião, Mayk estava a uma altura de aproximadamente 18 metros.
Após o corte da corda, a polícia foi acionada e encontrou Raul em um dos quartos
do apartamento, onde ele foi reconhecido pela vítima e preso em flagrante. Ele
foi levado à Casa de Custódia de Piraquara, na Região Metropolitana de
Curitiba (RMC).
Poucas semanas depois, em 5 de abril, Raul morreu no Hospital Angelina Caron,
também na RMC, após ser internado com dificuldades respiratórias. A Polícia
Penal do Paraná informou que a causa da morte foi pneumonia.
A defesa de Raul afirmou, na época, que ele enfrentava problemas com dependência
química e havia solicitado a internação dele em uma clínica particular, mas o
pedido de liberdade provisória foi negado pela Justiça.