Trabalhadores da Avibras aguardam decisão de investidor para votar proposta de acordo

Trabalhadores só votarão proposta de acordo após investidor definir aquisição da Avibras, diz sindicato

Investidores apresentaram uma proposta final para categoria, mas não há data para que trabalhadores votem se aceitam ou não condições.

1 de 2 Avibras — Foto: Reprodução/TV Vanguarda

Avibras — Foto: Reprodução/TV Vanguarda

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou neste sábado (30) que os trabalhadores da Avibras – empresa bélica em Jacareí – só irão votar a proposta apresentada pelos investidores após a negociação para compra da companhia ser definida.

Na última quinta-feira (28), os investidores apresentaram uma proposta final para categoria. Dois dias depois, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o sindicato condicionou a votação da proposta ao fechamento do negócio para não gerar expectativas nos trabalhadores.

“Para o sindicato levar a proposta para votação, precisamos da garantia que vai dar certo este ‘closining’, que é o fechamento do acordo. (…) O sindicato tem responsabilidade sobre vocês, trabalhadores. E estamos solicitando que a empresa nos passe esse ‘closining’. Está certo? Vai fechar?”, afirmou Weller Gonçalves, presidente do sindicato.

A proposta feita pelos representantes da empresa e do investidor contemplam estabilidade no emprego até abril de 2025, extensão de cláusulas sociais, entre outros.

Veja abaixo a proposta da empresa:

– Data para reestabelecimento do plano de saúde;
– Pagamento do 13º deste ano no dia 20 de dezembro;
– Pagamento do salário de dezembro no dia 30/12/2024;
– Extensão das cláusulas sociais do Acordo Coletivo até a data-base 2026;
– Estabilidade do emprego até 30 de abril de 2025 aos empregados que assinarem termo de anuência e voltarem a prestar serviços para a Avibras;
– Abono de R$ 4 mil, pagos em duas parcelas, ao colaborador que retornar ao trabalho.

A proposta também estabelece os pagamentos individuais dos respectivos saldos de salários, 13º salários e férias, variando de 1 a 13 parcelas, com início em janeiro de 2025.

– Salário de até R$ 5 mil: até 5 parcelas;
– Salário de até R$ 6 mil: até 6 parcelas;
– Salário de até R$ 8 mil: até 8 parcelas;
– Salário de até R$ 11 mil: até 10 parcelas;
– Salário de até R$ 15 mil: até 12 parcelas;
– Salário acima de R$ 15 mil: até 13 parcelas.

O documento cita ainda que serão feitos os pagamentos individuais a título de multas normativas e inibitória, cujo valor somado equivalera à correção dos respectivos saldos salariais, 13º salários e férias atrasadas pela variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) mais 2% ao ano, entre a data do vencimento da obrigação e a data do acordo, de forma indenizada, em duas parcelas iguais e sucessivas, sendo a primeira em fevereiro e a segunda em março de 2026.

Segundo a proposta, os valores individuais das multas serão disponibilizados pela Avibras a cada trabalhador.

Em nota na quinta-feira, a Avibras informou que também serão realizadas reuniões com o Sindicato dos Metalúrgicos de Lorena e Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo para negociação.

Por fim, a Avibras destacou que “este é um momento decisivo para a retomada da Avibras, que poderá ser viabilizada por este investidor em eventual fechamento do negócio” e que “esta é a solução mais realista e factível no cenário atual, representando uma grande oportunidade para assegurar a continuidade das operações, preservar empregos e fortalecer a confiança de todos os envolvidos no futuro da empresa”.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Maria Cristina de Araújo Rocha: militância bolsonarista e pensão de R$ 14,5 mil – polêmicas, posicionamentos e atos públicos.

Filha de militar, Maria Cristina de Araújo Rocha, de 77 anos, é uma militante bolsonarista que ficou conhecida por ter sido presa por injúria racial após chamar um agente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de “macaco” em frente à casa do presidente Lula, em São Paulo. Além disso, ela recebe uma pensão mensal de aproximadamente R$ 14,5 mil desde 2009, sendo filha de um ex-general do Exército. Nas redes sociais, é possível encontrar fotos de Maria Cristina ao lado de figuras da direita, como Carla Zambelli e o general Villas Bôas.

Militante ativa em manifestações contra o PT e o ex-presidente Lula, Maria Cristina de Araújo Rocha esteve envolvida em protestos na Avenida Paulista e já foi flagrada com um taco de beisebol durante um ato. Em ação pacífica, teve que ser retirada do local pela Polícia Militar para evitar agressões por parte de torcedores organizados. Além disso, ela aparece em fotos ao lado de parlamentares bolsonaristas e ex-bolsonaristas, expressando seu posicionamento político de forma ostensiva.

A pensão de R$ 14,5 mil recebida por Maria Cristina é fruto da condição de ser filha de militar, com seu pai, Virgilio da Silva Rocha, sendo um general de divisão do Exército. A situação da pensão foi definida judicialmente em 2010, com o Tribunal de Contas da União considerando legal a concessão do benefício a ela e a outras 30 mulheres parentes de militares. Em certa ocasião, ela foi vista com uma garrafa de champagne comemorando a prisão de Lula em 2018.

Contudo, a militância de Maria Cristina não esteve isenta de polêmicas, como a prisão por injúria racial em frente à residência do ex-presidente. Ao provocar um agente do GSI com ofensas raciais, acabou sendo detida pela Polícia Federal. Chegando com um carro que exibia mensagens alusivas a figuras públicas, ela causou tumulto e acabou sendo conduzida à superintendência da PF em São Paulo. Apesar dos acontecimentos, ela continua ativa em suas manifestações e posicionamentos políticos.

A presença de Maria Cristina em movimentos de direita em São Paulo é evidente, marcada por participações em protestos e atos públicos. Sua ligação com o general Villas Bôas é destacada, com postagens em redes sociais mostrando a proximidade entre eles. A atuação da militante bolsonarista é constantemente acompanhada pela mídia, retratando suas ações e posicionamentos em relação aos acontecimentos políticos no país.

Em meio a cenários de confronto e tensão, Maria Cristina de Araújo Rocha destaca-se como uma das figuras polêmicas da atualidade, envolvida em manifestações, atos públicos e polêmicas políticas. Sua militância ativa e posicionamentos contundentes a tornam alvo de críticas e elogios, refletindo a polarização e diversidade de opiniões presentes na sociedade brasileira. Com uma trajetória marcada por manifestações e engajamento político, ela continua sendo uma figura controversa em meio ao cenário político nacional.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp