DE: trabalhadores são resgatados depois de horas presos em mina

Quase um terço dos mineiros foram retirados do subsolo; não há feridos

Quase um terço dos 260 trabalhadores presos no subsolo após um acidente em uma mina de ouro na África do Sul foram trazidos à superfície na sexta-feira (23), informou a empresa, enquanto o sindicato confirmou que não houve feridos.

Os mineiros ficaram presos no subsolo depois que o sistema de içamento usado para acessar um poço na mina de ouro Kloof – uma das mais profundas da empresa Sibanye, situada a cerca de 60 km a oeste de Joanesburgo – foi danificado em um acidente na quinta-feira (22).

A Sibanye disse que 79 dos funcionários foram trazidos à superfície na primeira fase de uma operação para extrair os mineiros.

Os 181 funcionários restantes receberam alimentação e serão içados à superfície assim que a segurança para içamento for confirmada, disse a Sibanye em um comunicado.

Um porta-voz da empresa disse à Reuters no final da tarde desta sexta-feira que o processo deveria ser concluído em breve.

Felizmente, não houve mortos ou feridos, disse Duncan Luvuno, presidente do Sindicato Nacional dos Mineiros (NUM). Mas por… 24 horas, as pessoas não comeram nem beberam nada. Isso não é adequado. Algumas têm doenças crônicas.

Os jornalistas foram impedidos por seguranças de se aproximarem do poço da mina, mas um repórter da Reuters viu alguns dos mineiros, parecendo cansados, mas com bom estado de saúde, caminharem até o perímetro do terreno da empresa e embarcarem em ônibus.

Parentes daqueles que ainda estavam presos na mina, no entanto, expressaram choque e preocupação com o fato de seus entes queridos permanecerem no subsolo.

Não preguei os olhos, disse Mamodise Mokone, cujo marido estava entre os mineiros. Só quero dizer à gerência ou a quem quer que esteja no comando: só quero que meu marido saia vivo.

DE havia dito anteriormente que todos os trabalhadores estavam seguros após o que chamou de incidente de poço na mina Kloof 7 e estavam reunidos em um ponto de encontro enquanto os esforços eram iniciados para retirá-los da mina.

A empresa, sediada em Joanesburgo, está entre as poucas mineradoras sul-africanas que lucram com algumas das minas de ouro mais profundas e caras do mundo. DE está extraindo ouro em profundidades de cerca de 3.200 metros na mina Kloof 7.

A mina Kloof, que responde por 14% da produção total de ouro da Sibanye, também opera duas outras minas. A empresa também extrai metais do grupo da platina na África do Sul e nos Estados Unidos.

Acidentes de mineração não são incomuns na África do Sul, onde muitas minas abandonadas foram ocupadas por mineradores informais.

No início deste ano, pelo menos 78 corpos foram retirados de uma mina de ouro ilegal depois que a polícia cortou o fornecimento de água e comida por meses, na tentativa de reprimir a atividade de mineração ilegal.